Amanhã, Filipa Leal, na Aurélia de Sousa para apresentar Vale Formoso e falar de Adília Lopes e Jorge Sousa Braga com alunos do 12º ano de Literatura. Um dia depois das Quintas de Leitura no Teatro de Campo Alegre.
quinta-feira, janeiro 31, 2013
Vale Formoso em destaque, amanhã na Aurélia
Tesouros do Património Cultural Português, na UPP, por Silvestre Lacerda
segunda-feira, janeiro 28, 2013
Próximo livro da Coleção Pulsar da Deriva/ILC: A Moralidade da Profissão das Letras, de Robert Louis Stevenson
O próximo livro da Coleção Pulsar da responsabilidade conjunta da Deriva e do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa da FLUP, vai ter o título A Moralidade da Profissão das Letras e Outras Defesas da Literatura, de Robert Louis Stevenson. A tradução e nota de Leitura foi realizada por Jorge Bastos da Silva.
Domingo no Corpo, poesia de Aurelino Costa: hoje na tipografia
Foi hoje para a tipografia o último livro de poesia de Aurelino Costa que vai ser editado pela Deriva. Tem um posfácio de Mário Cláudio sobre a obra do autor e um registo de Ondjaki. As ilustrações da capa e da contracapa e da página de rosto são do pintor galego Anxo Pastor. Terá apresentação oficial nas Correntes d'Escritas que terão lugar entre 20 e 23 de fevereiro. Vamos dando notícias.
terça-feira, janeiro 22, 2013
Mário Cláudio e Ondjaki presentes na edição de Domingo no Corpo, de Aurelino Costa
Mário Cláudio escreverá um texto de apresentação do último livro de poemas de Aurelino Costa a ser lançado nas próximas Correntes d' Escritas, na Póvoa de Varzim, com o título de Domingo no Corpo. A esta apresentação da obra juntar-se-á um texto de Ondjaki, sobre o poeta.
Um dia, esta civilização cai
John Zerzan nasceu em 1943, em Oregon, EUA, e é licenciado
em Ciências Políticas pela Stanford University e em História pela San Francisco
State University. Preso em 1966, nos EUA, pela sua participação nos movimentos
de desobediência civil e contra a guerra do Vietnam, conhecidos pelos tumultos
de Berckeley. Abandonou, mais tarde, uma carreira universitária na University
of Southern California. Hoje, dedica-se à educação de crianças e à jardinagem.
Promove, ainda, conferências sobre o Primitivismo e Paleo-Anarquismo em todo o
mundo. Destaca-se como escritor e filósofo do chamado Primitivismo com a edição
de Elements of Refusal (Left Bank Books, Seattle, 1988) e deFuture Primitive
(Autonomedia, New York, 1994) livro agora traduzido para português pela Deriva
e que lhe deu projecção internacional ao serem traduzidas versões para várias
línguas. Questioning
Technology (Freedom Press, Londres, 1988), The Mass Psychology of Misery,
Tonality and the Totality, The Catastrophe of Postmodernism e The Nihilist's
Dictionary contam-se entre as suas obras mais recentes. Em 2002, edita Against
Civilization: Readings and Reflections, em Los Angeles.
Futuro Primitivo é a obra de John Zerzan traduzida pela
Deriva
Futuro Primitivo é a obra de John Zerzan traduzida pela Deriva |
As ideias de John Zerzan situam-se na crítica à tecnologia e
à cultura simbólica como origem da degenerescência da Humanidade que a iniciou
com o advento da agricultura e da domesticação de toda a vida humana e da
natureza. Rejeita, portanto, a divisão social e sexual do trabalho e o
patriarcado, assim como a separação entre a Natureza e a Cultura. Singular, na
visão de Zerzan, é a síntese de várias correntes filosóficas que elabora na
crítica à sociedade moderna e pós-moderna como suportes que fazem parte de um
mundo que se encontra moribundo. As fontes teóricas do Primitivismo a que
Zerzan dá voz vão desde Adorno, aos situacionistas, à antropologia, ao
luddismo, à ecologia e ao feminismo, assim como às correntes igualitárias e
anti-autoritárias americanas e europeias. O Futuro Primitivo é, para nós, a
obra mais marcante de John Zerzan. Para além de reflectir uma revisitação
teórica da Pré-História, ataca violentamente as ideias preconcebidas da
antroplogia oficial e dá-nos a possibilidade de encontrar uma ténue saída para
a catástrofe iminente.
sábado, janeiro 19, 2013
Poesia na Deriva: este ano juntaremos mais nomes aos nomes
Aos poetas já publicados pela Deriva juntar-se-ão, este ano, os nomes de João Pedro Mésseder, Aurelino Costa, Ricardo Gil Soeiro, Catarina Costa e Hugo Neto.
Aviso terceiro: isto não vai aguentar mais este inverno
Num fim de semana de avisos amarelos e vermelhos, valerá a pena dizer que a judiaria de Salzedas não aguentará mais este inverno se continuar assim como está.
sexta-feira, janeiro 18, 2013
A imagem de uma mentira negociada
Não há hipótese nenhuma: este homem obrigou-me também a mentir enquanto aqui o defendia, não acreditando que fosse o doping a levá-lo sete vezes ao 1º lugar na volta à França em ciclismo. Desiludi-me igualmente com Ben Jonson, Marion Jones e Marco Pantani que se suicidou por não aguentar mais a vergonha. Sou dos que gostam de desporto. De o ver e praticar com outros. Gosto essencialmente de atletismo, ciclismo, vela e futebol e disto, não tenho nenhuma culpa. Contudo, não gosto de ver ninguém cair em desgraça como vi vários atletas e ao longo de anos. Lance Armstrong tem uma única saída que não é aquela que fez perante uma tal Oprah. Pareceu-me hipócrita e auto imolador, muito conveniente para o momento. Quase uma negociata preparada pela UCI. Tem de dizer claramente quem o induziu, qual o seu próprio papel e qual a rede de que fez parte. Queremos nomes e saber quem faz do desporto a palhaçada que é hoje. Capitalismo? Lucro? Claro que é, mas não é só isso. Queremos saber tudo.
Ensaios sobre Literatura
A Deriva dispõe das atas dos últimos Encontros Luso-Galaico-Franceses do Livro Infantil e Juvenil,sob a responsabilidade de José António Gomes e Blanca-Anna Roig Rechou, assim como as intervenções do Encontro Jovens Ensaístas Lêem Jovens Poetas, coordenado por Pedro Eiras.
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Pedro Eiras
Um poema de Catarina Nunes de Almeida
Avistei a boca ao entardecer.
A língua não vinha nos mapas,
mas no palato agrupavam-se diversas constelações
e pertencia-lhes a ventura dos meus dedos.
Não havia notícias de outros povos
nem sequer uma mácula de cerejas.
Plantei o primeiro seio
a que chamámos macieira
e abandonei o ventre
à generosidade vegetal.
Nessa noite dormimos por dentro e por fora
do mundo.
Catarina Nunes de Almeida, A Metamorfose das Plantas dos Pés, Deriva, 2008
Henrique Fialho escreve sobre «Para que Serve a Poesia Hoje?», de Jean-Claude Pinson
A Deriva tem dado à estampa, numa colecção intitulada
Pulsar, dirigida e coordenada por Ana Luísa Amaral, Pedro Eiras e Rosa Maria
Martelo, alguns pequenos textos que visam reflectir o lugar e a função da
palavra escrita no mundo actual. Assim, depois de Para que serve a Literatura?
(Julho de 2010), de Antoine Compagnon (n. 1950), saiu Para que serve a Poesia
Hoje? ( Junho de 2011), de Jean-Claude Pinson (n. 1947). Pinson nasceu em
Nantes, estudou Letras na Sorbonne, acabando por formar-se em Filosofia sem nunca
ter abandonado a inclinação literária, nomeadamente através da prática dos
versos. O pequeno livro que agora nos chega com tradução de José Domingues de
Almeida está dividido em duas partes. Uma primeira parte mais teórica, composta
pelo texto de uma conferência proferida a 12 de Janeiro de 1999, e uma segunda
parte mais dialogante, com uma síntese do debate suscitado pela dita
conferência. As teses de Pinson, erigidas sobre o terreno fértil da obra de
Henri Michaux, enfermam de um vício ao qual raramente escapam obras do género,
o de começarem por reflectir um assunto pressupondo a necessidade dessa
reflexão. À pergunta Para Que Serve a Poesia Hoje? Nós podemos, desde logo,
juntar uma outra: para que servem hoje conferências e debates sobre a utilidade
da poesia? E mais esta: servirá hoje a poesia para alguma coisa que não tenha
já servido no passado? Estes problemas são tão mais urgentes quanto se torna
necessário entender se, de facto, a poesia alguma vez serviu para alguma coisa
ou se tem mesmo de servir para alguma coisa. Um pouco à semelhança da presunção
de um sentido para a vida, buscado, cavado, semeado, colhido no absurdo da
existência, também a utilidade de toda e qualquer actividade humana deverá ser
pensada em função do paradoxo suscitado pela prática do impraticável. Na
realidade, nada na vida pede sentido senão a própria perdição dos homens. Assim
como a vida não tem que ter sentido algum, também a poesia não tem que servir
para o que quer que seja. Não se trata de pretender fugir a uma questão
entusiasmante de um ponto de vista meramente académico e teórico, até porque o
texto de Pinson é assaz objectivo e procura sempre focar-se no essencial. No
entanto, resvala com frequência nos tiques academistas com que estas questões
são geralmente abordadas. Presume-se que a poesia não esteja na moda, algo que
a realidade actual desmente ao constatarmos a proliferação de sítios dedicados
ou atafulhados de poesia. Em certos circuitos de afirmação intelectual a poesia
chega a dar cartas, até porque, como Pinson sugere, é uma arte aparentemente
fácil e acessível. As limitações do público da poesia também já não são um dado
adquirido. Convém esclarecer quem é esse dito público, até porque poesia há de
vários tipos, modos e géneros, alguns tão populares e correntes que deixariam
os académicos de gabinete estupefactos. Recentemente, em Portugal, um grande
grupo editorial passou a distribuir uma das mais emblemáticas editoras de
poesia portuguesas. Isto aconteceu pouco depois do principal responsável por
esse grande grupo editorial ter decretado em entrevista pública a morte da
edição de poesia. Ora, não me parece que um homem de negócios pretenda pegar
num defunto só para ter o gozo de ser ele a enterrá-lo. Como é óbvio, a suposta
utilidade de uma arte não se afirma pelo interesse que suscita nas massas. Há
artes que nasceram para serem mediáticas, outras há que nunca almejaram senão
aquilo a que hoje se chamam fidelíssimos nichos de mercado. É verdade que há
mais poetas do que leitores de poesia, mas tenho alguma dificuldade em lamentar
essa realidade. A poesia terá uma dimensão terapêutica que não esgota as suas
funções, mas que de algum modo sublinha o carácter utilitário da sua
não-utilidade. Duvido que cure ou dê prazer, pelo menos não tanto quanto um bom
vinho ou a masturbação. Muitos dos melhores poetas suicidaram-se, levaram vidas
errantes, foram indigentes e execráveis, o que deixa dúvidas quanto às
dimensões curativas e saudáveis da poesia. Sem dúvida que desincha poderes,
alarga horizontes na exacta medida em que amplifica a linguagem, proporciona um
mundo melhor ou pior a quem com ela conviva no desleixo de si próprio e do
mundo. Não obstante, parece-me que ainda está para chegar o intelectual que
diga, sem parangonas, que a grande utilidade da poesia não diverge, no
essencial, da utilidade da Playstation, ou seja, ajuda a passar o tempo
proporcionando bons fogachos de tempo. Que também Pinson insista na balela
castradora e exclusivista da verdadeira poesia, como se a falsa pudesse sê-lo,
só peca a favor de um texto estimulante que nos agrada, sobretudo, pela sua
intrínseca inutilidade.
Henrique Fialho
quinta-feira, janeiro 17, 2013
Da miséria europeia à República pirata de Salé
Que todas as utopias sejam como estas, todas diferentes mas com uma ânsia de liberdade assinalável na história da humanidade. Da miséria absolutista e intolerante da Europa, para o mar cálido e clima ameno da Jamaica, dos direitos senhoriais anacrónicos do velho continente à República pirata de Salé, um fio condutor ligava todas estas experiências: o desejo de combater a hierarquia nobre e religiosa e as riquezas do comércio triangular. Vivam, pois, os piratas! De sempre.
terça-feira, janeiro 15, 2013
A Deriva histórica tem um rumo
A Deriva Histórica encontra um rumo em cada livro que edita, desde A Peste Bubónica no Porto, publicada por Ricardo Jorge, às obras que preencheram o bicentenário das Guerras Peninsulares com a edição de Alfredo Pereira Taveira, Alexandre Morais Sarmento e do Diário do Mosteiro de Santa Maria do Pombeiro.
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Peste Bubónica no Porto
Uma pietá à nossa maneira
Queiramos ou não, esta Pietá comove-nos pela simplicidade e ingenuidade. Encontra-se na Capela do Castelo de Belmonte, tendo pertencido aos Cabrais, e é anterior à de Miguel Ângelo, embora, ao olharmos com atenção para o brilho e lustro das esculturas, tenhamos a sensação que já foram «tratadas» por algum seminarista fervoroso.
segunda-feira, janeiro 14, 2013
Aqui na Terra, de Miguel Carvalho, 2ª ed. Para bem entendermos o povo tuga
É muito possível que para entendermos melhor o bom povo tuga, aquele que vai cantar as janeiras a Cavaco Silva e a Passos Coelho, que endeusou Sócrates quando já estava moribundo e não era da cicuta, tenhamos de ler este livro de Miguel carvalho que já vai na 2ª edição (encontra-se à venda na Almedina do ArrábidaShopping). Talvez percebamos a dimensão do rotativismo que leva o PS e o PSD a ser poder como se fosse um mantra político. Talvez... |
Coleção Cassiopeia - ILC/Deriva
sábado, janeiro 12, 2013
Céline ou a história edificante de um cão bejense
Já se disse que não sabe o nome da criança que morreu em Beja, atacado, segundo se disse, por um pitbull caseiro. Provavelmente demasiado caseiro. Também não vou ao chavão, habitual nestes casos, de usar o vegetarianismo de Hitler que adorava animais, mas a raça humana nem por isso, como se pode comprovar facilmente pela História. Mas quero contar-vos uma história tão edificante como a da triste vida do tal cão. Foi em 1976 e encontrava-se a estudar com um amigo, em Coimbra, enquanto ouvia um programa de Maria José Mauperrin, entre a meia-noite e as duas (não me lembro do nome do programa); entrevistava Jorge Listopad sobre a forma como veio para Portugal, com a mulher e as filhas gémeas, depois da gorada primavera de Praga de 68. Listopad encontrava-se numa aldeia nos arredores de Paris quando as gémeas adoeceram gravemente com uma gastroenterite. Em desespero, apontaram-lhe a casa onde vivia Céline, isolado e rodeado de cães e já após o processo que o levou a safar-se de um fuzilamento como colaboracionista dos nazis e de Pétain, e onde não faltou o apoio de Sartre e de outros homens e mulheres de esquerda. Mas Listopad, sabendo-o médico, foi então ter com ele pedindo-lhe que visse as gémeas. Céline respondeu-lhe, na ocasião, que não podia, não tinha tempo, porque tinha de dar de jantar...aos cães! Gostaram de história?
Ah, volto ao princípio: como se chama a criança de Beja? O cão que foi salvo por causa da petição, eu sei, chama-se zico, não é?
quinta-feira, janeiro 10, 2013
Alguns Poetas e Autores da Deriva
Mikhail Backthin a sair na Deriva/Sociologia
segunda-feira, janeiro 07, 2013
Em dezembro, os mais vendidos foram...
Segundo a nossa distribuidora, A Companhia das Artes, os livros mais vendidos no mês de dezembro foram:
Ensaio:
1. A Intoxicação Linguística, de Vicente Romano
2. A Formação da Mentalidade Submissa, de Vicente Romano
3. A Mobilização Global, de Santiago Lopez-Petit
4. O Espírito Nómada, Kenneth White
Ficção:
1. Ser ou Não, de Xurxo Borrazás
2. Dragona, de Xavier Queipo
3. As Rolas de Bakunine, de Antón Riveiro Coello
Poesia:
1. Vale Formoso, de Filipa Leal
2. Alfabeto Adiado, de José Ricardo Nunes
3. Crise de Versos, de Mallarmé
Infantil:
1. Aquário, de João Pedro Mésseder e Gémeo Luís
2. Vozes do Alfabeto, de João Pedro Mésseder e João Maio Pinto
Juvenil:
1. O Futuro Roubado, de Ramón Caride e Miguelanxo Prado
2. Ameaça na Antártida, de Ramón Caride e Miguelanxo Prado
3. Perigo Vegetal, de Ramón Caride e Miguelanxo Prado
sábado, janeiro 05, 2013
Um grande filme de Leos Carax: Holy Motors. A não perder no Teatro do Campo Alegre
Leos Carax fez um filme brilhante com Holy Motors. É a deriva possível do século XXI, onde uma personagem assume os papéis da vida e da representação de várias situações, com a tentativa, acho que gorada, de as tornar verdadeiramente irreversíveis. E se não se consegue esse objetivo é porque a vida, tal como ela é vivida atualmente, não o permite. No fundo, cada situação é um conjunto de imagens soltas como se fossem colagens e recortes de outras vidas. Todas registadas pelos olhares externos que podem ser os nossos ou o vídeo que nos observa nas ruas. Tanto faz para o caso, porque tudo é espetacular.
O movimento de câmara é um espanto e consegue-se ainda gostar de cinema ao ver isto. Repito: um grande filme que se deve rever quando se puder e se a sagrada distribuição o permitir. Mas há uma coisa que vos quero perguntar (a quem já viu o filme): não sentiram que a cena da Samaritaine é a continuação de Hiroxima Meu Amor?
Se ainda não o viram, não demorem a ir ao Teatro do Campo Alegre. Até 9 de janeiro.
quinta-feira, janeiro 03, 2013
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