domingo, outubro 26, 2008

Com Quatro Pedras na Mão: já no dia 2 de Novembro, uma sessão única com o Bando dos Gambozinos. No Cinema Batalha, 18h

É já no domingo, dia 2 de Novembro, pelas 18h, que o Livro CD, Com Quatro Pedras na Mão - o Porto cantado por Crianças e Jovens, terá a sua apresentação com uma sessão única no Cinema Batalha cantada pelo Bando dos Gambozinos.


As músicas foram compostas por Suzana Ralha sob poemas de Filipa Leal, João Pedro Mésseder, Joaquim Castro Caldas, Jorge Sousa Braga, José Mário Branco, Luís Nogueira, Luísa Ducla Soares, Matilde Rosa Araújo e Rui Pereira.


As ilustrações do livro são de Emílio Remelhe sob orientação gráfica de Gémeo Luís.


Atenção: As entradas serão aceites por convite. As pessoas que estiverem interessadas em assistir ao espectáculo dirigir-se-ão a este blogue, ou ao Bando dos Gambozinos, com indicação do nome e contacto (morada, telemóvel e/ou mail) a fim de serem remetidos, ou guardados, os bilhetes. Atenção que já existem só alguns.

Magma: três novas edições a partir deste mês. Dramaturgias de Pedro Eiras presentes no número 5

A revista magma tem 3 novas edições a partir de 15 de Outubro de 2008: o 5 e o 6, dedicados às novas dramaturgias portuguesas contemporâneas e o 7, um número especial com coordenação brasileira de Lélia Nunes e Luiz Antonio de Assis Brasil, uma ponte literária entre o Brasil e os Açores.

Magma 5, Dezembro de 2007
Dramaturgias portuguesas contemporâneas 1
Coordenação de Carlos Alberto Machado
Carlos Alberto Machado
Divide a sua actividade criativa entre a escrita, a investigação e a prática teatral.
Formação universitária em Antropologia (licenciatura na Universidade Nova de Lisboa) e a sociologia (mestrado em Sociologia da Cultura, Comunicação e Tecnologias de Informação no ISCTE).
Foi professor de disciplinas teatrais na Escola Superior de Teatro e Cinema e na Universidade de Évora.
Publicou: Teatro da Cornucópia. As Regras do Jogo, Cuidar dos Mortos, Mundo de Aventuras, Ventilador, Transportes & Mudanças. Três Peças em um Acto, Os Nomes que Faltam, Mito, seguido de Palavras Gravadas na Calçada, Restos. Interiores, Aquitanta, A Realidade Inclinada, Aventuras Extraordinárias do Príncipe e do Castor (em colaboração) e Talismã, além de diversas obras para a história do teatro em Portugal, a participação em colectâneas e colaboração em jornais e revistas.
É co-director da revista Magma (com Sara Santos) e dos Cadernos SIBIL (com José Augusto Soares). Dirige com Urbano Bettencourt a Biblioteca Açoriana.
GONÇALO M. TAVARES, Possibilidades e ética: que teatro?
ABEL NEVES, Provavelmente uma pessoa
JACINTO LUCAS PIRES, O amor de Adalberto Silva Silva
MÁRIO CABRAL, O jantar

PEDRO EIRAS, Monólogos:
O pirata
Simulacros
O aquário
Silêncio
Travessia
Despojos
Do fim do mundo

Magma 6, Junho de 2008
Dramaturgias portuguesas contemporâneas 2
Coordenação de Carlos Alberto Machado
JAIME ROCHA, Quatro cegos
MARCELA COSTA, A angústia do museólogo (antes da abertura da exposição)
REINALDO MAIA E JORGE LOURAÇO FIGUEIRA, Cabaré da Santa
TIAGO RODRIGUES, A partir de amanhã

Magma 7, Dezembro de 2008
Coordenação de Lélia Pereira da Silva Nunes e Luiz Antonio de Assis Brasil
Lélia Pereira da Silva Nunes (Brasil)
Nasceu em Tubarão, vive em Florianópolis, Ilha de Santa Catarina. Socióloga e escritora. Autora de Caminhos do Divino, um olhar sobre o Espírito Santo em Santa Catarina, além de outros títulos em biografias, crônicas e ensaios sobre a cultura catarinense de aporte açoriano. Participa em antologias nacionais e portuguesas. Colabora em periódicos e jornais açorianos e luso-americanos. Coordenou o projecto literário Caminhos do Mar – antologia poética: Açores – Santa Catarina. Professora Mestre de Sociologia da UFSC, aposentada. Preside a Fundação Cultural Anibal Nunes Pires.
Tem colaboração na Magma (número 4).
Luiz Antonio de Assis Brasil (Brasil)
Nasceu e vive em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. É ficcionista e ensaísta, com 17 livros publicados. Prêmios literários: Jabuti, Açorianos, Machado de Assis e Portugal Telecom de Literatura. Professor-Doutor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Orienta pesquisas sobre a narrativa açoriana Pós-25 deAbril. Website: http://www.laab.com.br/.
Pedidos a: Dpto. de Teoria Literária e Literatura Comparada
DTLLC - FFLCH - USP
Av. Professor Luciano Gualberto, 403
Cidade Universitária - Butantã
Cep: 05508-900 - São Paulo - SP

Rui Bebiano escreve, na Revista Ler nº 73, sobre O Espírito Nómada de Kenneth White

A última Revista Ler, nº 73, debruça-se sobre os 10 anos da morte de José Cardoso Pires. Deve ler-se. Até porque a sua qualidade melhorou a olhos vistos, deva-se ou não à responsabilidade de Francisco José Viegas e à equipa que a compõe.

Rui Bebiano escreve assim, num pequeno extracto que publicamos sobre O Espírito Nómada de Kenneth White, um livro editado este ano pela Deriva:

«White prefere associar a erudição à forma de errância qua alarga a leitura do mundo e, através de «universos de substituição», liberta o humano do «universo concentracionários das civilizações». Neste livro, escrito há duas décadas, enunciam-se alguns dos caminhos que essa escolha poderá abrir. Atravessando múltiplos saberes, o autor procura conduzir o leitor até esse território radical, que chama de geopoética dentro do qual pretende unir a presença no mundo a uma estética que seja poderosa, comevedora e bela. Se o prestígio do «nomadismo intelectual» se afirmou pelo menos desde os românticos, Kenneth White é dos primeiros a conferir-lhe uma base teórica. (...)». Os livros que acompanham esta obra, são Istambul de Orhan Pamuk, Fantasmas de Espanha de Giles Tremlett, Diário da Batalha de Praga. Socialismo e Humanismo de Flausino Torres e O Um Dividiu-se em Dois de Pacheco Pereira.

terça-feira, outubro 14, 2008

Gustavo Rubim escreve na Relâmpago sobre Jovens Ensaístas Lêem Jovens Poetas


A revista nº 22 da Relâmpago é, toda ela, dedicada a Eduardo Lourenço, ensaísta a que também dá atenção Pedro Eiras num artigo, nesta mesma revista, titulado de «Portas de Lisboacopenhaga - notas sobre uma página de Eduardo Lourenço».
Mas é no plano da crítica de livros deste número que Gustavo Rubim se debruça sobre Jovens Ensaístas Lêem Jovens Poetas, livro que, como estamos recordados, foi coordenado por Pedro Eiras e surgiu como fruto de um Encontro com o mesmo nome que teve lugar na Biblioteca Florbela Espanca ,em Matosinhos, a 11 de Outubro de 2007.
À página 244 da Relâmpago, Gustavo Rubim, sobre este trabalho, diz:
«Para aqueles que andam vaticinando o fim apocalíptico das humanidades (e, em especial, dos estudos literários), este livro não traz boas notícias. O que aqui se lê pode não chegar para anunciar o advento de algum super-Eduardo Lourenço, mas mostra que a prática da leitura crítica, interpretativa, ensaística, dá em Portugal sinais de gozar um período de boa saúde. Claro que, para quem anda vaticinando o fim apocalíptico (do que quer que seja), a saúde é apenas um estado precário que, bem vistas as coisas, não augura nada de bom, como alguém luminosamente explicou - e, nesse sentido, afinal, nem este livro nem qualquer outro alguma vez trarão boas notícias...»
e mais à frente:
«... A boa qualidade geral dessa pesquisa é o primeiro traço a registar, sem qualquer reserva, como mais-valia do livro, aliás extensível às colaborações não associadas à FLUP. Esta avaliação ressalva, evidentemente, que há ensaios menos interessantes (e até desinteressantes), mas nenhuma necessidade de particularizar aqui: afinal, a juventude dos respectivos autores justifica que esperemos com confiança produções mais amadurecidas. (...)»
E continua por mais duas densas páginas que não iremos, evidentemente, repor aqui. Para já, um conselho: vale a pena a sua compra.

E foi assim no Clube Literário do Porto

A 11 de Outubro no Clube Literário do Porto, e com sala cheia, Filipa Leal disse poemas, por ela traduzidos de uma maneira exemplar, de Lawrence Pettener. De Liverpool, este galês irlandês, de copo de gin na mão, disse poemas em inglês e em gaélico. Foi um dos raros momentos de magia que aconteceu por ali, junto ao rio e ao fim da tarde, a ouvir uma língua antiquíssima que nos coloca na verdadeira dimensão do mundo das palavras e das coisas que nos animam. Ali, entre a Foz e a Ribeira do Porto, cheirou-se por um momento à Guiness, ao barulho das gaivotas, ao cheiro a peixe de Dublin e às palavras trocadas nos pubs por homens de barba ruiva e mulheres bonitas. Com velhos barcos de velas brancas ao fundo.