sexta-feira, agosto 31, 2012

Joaquim Castro Caldas [1956-2008]


ir indo
a gente aprende
o coração à lareira
que se fica a ir
e reacende
até que um dia
alguém se lembre

Joaquim Castro Caldas

quinta-feira, agosto 30, 2012

Cortei a laranja em duas




"Cortei a laranja em duas, e as duas partes não podiam ficar iguais
Para qual fui injusto – eu, que as vou comer a ambas?"
Alberto Caeiro, Poemas


Cortei a laranja em duas, este verso de Caeiro dá título a uma antologia de poesia portuguesa bilingue contemporânea, publicada no México, em junho deste ano, pelas Ediciones Libera.
A antologia foi organizada  Fernando Reyes, professor na UNAM - Universidade Nacional Autónoma do México e inclui traduções suas e de Tania Reyescartín, Angélica Santa Olaya e Jesús Gómez Morán.
A antologia inclui poemas de onze autores portugueses (Filipa Leal, Maria do Rosário Pedreira, Ruy Ventura, João Rasteiro, Fernando Aguiar, Inês Lourenço, Aurelino Costa, Pedro Ribeiro, Alexandre Nave, Américo Teixeira e José Rui Teixeira) e poemas visuais de Manuel Portela. O prefácio é de Jesús Gómez Morán.

quarta-feira, agosto 22, 2012

No Via Catarina, Porto - Ficção e Ensaio da Deriva a preços de saldo

Vale Formoso, de Filipa Leal nas livrarias

Fnac de Santa Catarina - Porto

Fnac do Chiado - Lisboa

Instantâneos#5 - José Ricardo Nunes


Instantâneos#4 - Joaquim Castro Caldas


Instantâneos#3 - José Ricardo Nunes


Instantâneos#2 -Joaquim Castro Caldas


Instantâneos#1 - Filipa Leal


terça-feira, agosto 14, 2012

Sob o signo dos Jogos



Versos Olímpicos
José Ricardo Nunes
Deriva
Em 2008, ano das Olímpiadas de Pequim, o poeta José Ricardo Nunes escreveu um livro inteiro de «versos olímpicos», sobre os atletas que «sonham com o milagre / que lhes turva os olhos de glória» e o reverso – muitas vezes irónico ou melancólico – desse espectáculo maior de superação física e mental através do desporto, transmitido para todo o mundo pela TV. Os poemas mostram-nos, em plena acção, ginastas, saltadores à vara, halterofilistas, judocas, remadores, esgrimistas, etc. Assistimos as seus gestos mil vezes treinados, ao que há neles de heróico e de falível, às suas «pequenas glórias e desumanidades». Nesse esforço homérico dos outros, medalhado ou não, José Ricardo Nunes descobre subtis artes poéticas. E é sempre de si mesmo que fala, «sentado neste sofá suburbano / que treme à passagem do comboio». [José Mário Silva, in Bibliotecário de Babel]
[Texto publicado na revista Única, do jornal Expresso]