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«Nos locais em que circula o dinheiro é preciso promover fluxos de cultura crítica; quando reinam os capitais flutuantes deve levar-se o saber ao poder e desgastar à força de lucidez, de crueldade conceptual e de um violento esclarecimento intelectual. O gramscismo libertário supõe que se ponha na conta do arsenal guerreiro a estética generalizada, para quem a luta contra a cultura liberal consitui uma prioridade, um combate táctico numa grande estratégia de perpétua oposição. O saber crítico oferece um meio para escolher de que lado da barricada se está. Mesmo que a probabilidade de uma vitória geral seja nula e impensável, pelo menos, no terreno da revolta, da rebelião, da oposição, da insubmissão ou de uma resistência que produz estilo e verticalidade numa época embrutecida, a estética generalizada actua como um meio para produzir forças a opor às violências que nos governam»
Michel Onfray, A Política do Rebelde - Tratado de Resistência e de Insubmissão, Ed. Piaget, pag. 224.
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