Não sei se é pela sua aparente bonomia ou por ser secretário de uma área desprezada e substituível em Portugal como é a da cultura, mas já não há grande paciência para aturar as suas asneiras repetidas. Foi o caso lamentável de António Mega Ferreira que depois de prometida a sua recondução no CCB se viu confrontado com o nome de Vasco Graça Moura para o mesmo lugar; foi a Tobis vendida a uma empresa de capitais angolanos (com nome alemão) sem que se saiba qual o seu currículo ou os seus objetivos. O Estado não o deveria fazer. Seguiram-se as tristes declarações sobre a revisão do Acordo Ortográfico que nunca poderia ter feito: não tinha competência para o fazer, ou então desconhecia que já o assinámos. O Brasil pasmou. Agora trata-se da coleção Berardo e a sua «autorização» para que se a possa vender. Não pode. Assinou-se há dez anos um acordo com o Estado e o dono não está para aí virado. Cada tiro cada melro.