A Mulher de Porto Pim foi dos livros mais belos que li e que merece uma referência no dia da morte de Antonio Tabucchi, embora sem a preocupação de um epitáfio que soaria sempre mal. Mas o que ficou desse livrinho de 1986, foi o ambiente (se quiserem, mágico) dos Açores, dos baleeiros e principalmente a presença constante de Antero que o autor tão bem carateriza. Sim, ele era um conhecedor profundo de Fernando Pessoa e dos seus heterónimos, mas justificou igualmente uma relação sólida com um dos nomes mais respeitados da literatura portuguesa. Vamos sentir a falta de Antonio Tabucchi.