Hugo Neto com o Sado ao fundo. 2013 |
quinta-feira, outubro 31, 2013
Um poema de Hugo Neto, em Segmento. Lançamento no sábado em Lisboa
terça-feira, outubro 29, 2013
Ler Que se Lixe a Troika, de João Camargo. 2ª edição
2ª edição |
João Camargo na última manifestação do QSLT, Lisboa, 26 de Outubro de 2013 Foto Paulete Matos |
Um livro com em excelente levantamento das principais manifestações dos últimos três anos em Portugal e que marcam indelevelmente a política portuguesa. A contestação ao sistema partidário actual, de modo a aprofundar a democracia, é uma constante do livro de João Camargo, assim como o levantamento das principais causas da chamada «crise» austeritária que nos (des)governa. Fundamental ler. Já na 2ª edição.
domingo, outubro 27, 2013
Apresentação de Segmento, de Hugo Neto
Eis a primeiríssima obra de Hugo Neto que a Deriva vai publicar já a 2 de Novembro. Setubalense, Hugo Neto é um jovem estudante de Letras de Lisboa e que trabalha em restauro de obras de arte. Esta semana iremos dar notícias e propor às pessoas irem conhecê-lo no Bar Primeiro Andar, junto ao Coliseu (nas Portas de Santo Antão, 110, 1º andar, claro!), em Lisboa. A apresentação ficará a cargo de Filipa Leal.
sábado, outubro 26, 2013
Fotos da apresentação de Dos Espaços Confinados, Coimbra
A Livraria Alfarrabista Miguel de Carvalho soube criar um espaço agradável numa verdadeira homenagem ao livro. Foi um prazer conhecê-la e conversar com as dezenas de amigos e indefectíveis da poesia de Catarina Costa. O ambiente era, portanto, óptimo e foi assim até ao fim da conversa que se manteve com a Catarina. A Sandra leu alguns textos do livro e as pessoas ficaram a saber da nítida diferença entre o seu último livro e este. Ouviram atentas (até emocionadas, como foi dito) as palavras construídas com o cuidado e rigor que a autora imprime à sua escrita. Uma certeza: Catarina Costa foi convidada in loco para estar presente no próximo Mal Dito, Festival de Poesia em Coimbra, e em Novembro, Aurelino Costa disponibilizou-se para apresentar Dos Espaços Confinados, na Póvoa de Varzim, no Diana Bar.
Esperemos agora que a Fnac e a Bertrand se apercebam da novidade que constitui esta poesia e sejam pródigos na distribuição. O público de poesia só terá a ganhar.
Sobre Dos Espaços Confinados, de Catarina Costa
«Nessa época fui trabalhar para longe, um sítio urbano, mas
agreste. Não respirava nem ar de cidade nem de campo, a atmosfera era em mim um
peso abafado, de exalações entorpecidas a corroerem por dentro as divisões da
hospedaria, o meu quarto.» É a poética muito própria de Catarina Costa que
assim se exprime, sendo criada por estranhas linhas que se interceptam e cruzam
em cidades imaginadas, estruturas urbanas constituídas por centros e
arrabaldes, campos que sugerem proximidades contraditórias, que se relacionam
com vultos que agem e se movem num aparente caos, metáfora da modernidade.
Não deixa de ser notável que a autora consiga de um modo tão
eficaz ligar ruas, espaços, escadas, janelas,
soleiras, vultos esquivos que se movem à noite, envoltos em halos de
luz, mas com o aviso do tempo sempre presente, fustigado em cada criação
poética. Tempo e luz, acção e claridade apresentam-se quase sempre, na poesia
de Catarina Costa, como uma dialéctica necessária ao poema. Será por isso que
diz: «Os espaços, os objectos, o próprio horizonte estão dentro da nebulosidade
própria de uma época e só os reconhecemos pelo hábito de darmos forma ao que
nos rodeia.»
É com esse desassombro poético que as palavras de Catarina
Costa assumem, no papel, uma identidade tão própria, quase ao ponto da emoção,
quando, numa escultura formada de palavras se deixa envolver por possíveis
nostalgias: «Escrevia-te para que chegássemos a um acordo sobre o nada. E sem
que me respondesses eu continuava a escrever-te cartas e mais cartas porque,
tal como tu, também eu queria perceber o porquê de uma tão grande percentagem
de matéria negra.»
Cidade, tempo, linhas, palavras, luz, noite, gente, seriam
as chaves óbvias para acalmar o caos criado por Catarina Costa, mas que ninguém
certamente terá a ousadia de usar, porque esse contraponto seria a ordem, o fim
da poesia.
António Luís Catarino
Coimbra, 25 de Outubro de 2013
sexta-feira, outubro 18, 2013
Apresentação de Dos Espaços Confinados, de Catarina Costa em Coimbra
sexta-feira, outubro 11, 2013
Apresentação de Dos Espaços Confinados, de Catarina Costa com nova data e local
Confirma-se: dia 25 de outubro, sexta-feira, pelas 21:30 horas terá lugar a apresentação de Dos Espaços Confinados, de Catarina Costa. Será na Livraria Alfarrabista Miguel de Carvalho, em Coimbra. Seguirá convite para todos.
Lembramos que o lançamento deste livro esteve agendado para este fim de semana, mas problemas técnicos levaram aos seu adiamento.
Neofascismos e apatias
Não sei se, hoje, Portugal não simpatizaria com uma solução parecida com a de Marine Le Pen que entretanto atinge já os 24% de votos em França. Não digo isto para provocar o que quer que seja. Não tenho grande vontade de provocar alguém, muito menos essa entidade cada vez mais abstracta que é o «povo».
Digo-o porque me incomoda verdadeiramente a extrema-direita e tudo o que ela representa como o regresso a valores que julgava já ultrapassados: a submissão da mulher, a estupidez do racismo, as hierarquias infalíveis, a força como finalidade última da acção humana, o preconceito e a homofobia, a eliminação dos fracos, o ódio à paz e à cultura, a valorização da guerra. Basta isto para me pôr a penantes para resistir. Com qualquer forma de resistência, diga-se. E sei de muita gente que o fará com alegria, até. O que me incomoda verdadeiramente (repito) é a aliança que o fascismo actual faz com a tecnologia e o capitalismo banqueiro e de tipo «asiático». Isto sim, faz um caldo que pode levar a vitórias eleitorais com o símbolo último da austeridade como argumento fundador.
Entretanto, sairei hoje para ir ver Hanna Arendt. E pensar que Eichman era um tipo vulgar. É essa vulgaridade que cria os piores monstros. A apatia do povo português assusta-me tanto como ele.
quarta-feira, outubro 09, 2013
Aqui na Terra, do jornalista Miguel Carvalho, à venda na Nova Almedina do ArrabidaShopping
Está à venda na Nova Almedina do Arrabida Shopping, no Porto, o livro Aqui na Terra, do jornalista da Visão, Miguel Carvalho e editado na Deriva
terça-feira, outubro 08, 2013
Alteração da data de lançamento de Dos Espaços Confinados
Devido a problemas técnicos que não foram resolvidos em tempo útil pela tipografia com que trabalha a Deriva, o lançamento do livro de Catarina Costa, Dos Espaços Confinados, que estava previsto para este fim de semana, em Coimbra, foi adiado para dia 26 de outubro, em local a anunciar. Lamentamos muito este facto e pedimos desculpa a todos e em especial à autora.
segunda-feira, outubro 07, 2013
Recensão de Literatura para a Infância e a Juventude e Educação Literária no El Correo Gallego
Recensão a "Literatura para a infância e juventude e educação literária", um volume coletivo organizado por Madalena Teixeira da Silva e Isabel Mociño González, com a chancela da Deriva Editores. Também foi publicada no "El Correo Gallego".
quinta-feira, outubro 03, 2013
Entrevista a Catarina Costa, autora de Dos Espaços Confinados
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Catarina Costa |
No dia 11 de outubro, pelas 21:30, na Casa da Escrita, em Coimbra, Catarina Costa apresentar-nos-á o seu Dos Espaços Confinados, o último livro de poemas que publicou, em conjunto com a Deriva Editores. Temos a certeza que este seu novo livro irá ser um acontecimento poético que obrigará à atenção que merece. Eis a entrevista que a autora nos deu:
Catarina, não é a primeira vez que edita.
Fale-nos da sua criação poética anterior.
De facto, publiquei um livro em 2008, “Marcas de urze”, pela Editora Cosmorama. É um livro de poemas curtos escritos em verso e com uma linguagem mais apoiada em imagens herméticas. Em virtude de a minha escrita ter-se modificado muito desde então, este meu primeiro livro provoca-me hoje alguma estranheza.
Como surgiu Dos Espaços Confinados?
De facto, publiquei um livro em 2008, “Marcas de urze”, pela Editora Cosmorama. É um livro de poemas curtos escritos em verso e com uma linguagem mais apoiada em imagens herméticas. Em virtude de a minha escrita ter-se modificado muito desde então, este meu primeiro livro provoca-me hoje alguma estranheza.
Como surgiu Dos Espaços Confinados?
Comecei a
escrever os textos que compõem Dos
espaços confinados ainda sem ter uma ideia para o livro que daí iria
resultar. Depois verifiquei que os
motivos de muitos dos textos se desenvolviam tendo como pano de fundo espaços
físicos que acabavam por ser interiorizados e onde ressaía uma certa ideia de
fechamento, ou de confinamento, como se houvesse algo mais ou menos indefinido
a prender as personagens.
Enganamo-nos quando dizemos que Dos Espaços Confinados é um livro de poesia (excelente por sinal) onde se cruzam vários caminhos em espaços quase sempre urbanos? Porquê essa procura na cidade?
Enganamo-nos quando dizemos que Dos Espaços Confinados é um livro de poesia (excelente por sinal) onde se cruzam vários caminhos em espaços quase sempre urbanos? Porquê essa procura na cidade?
Essa procura
faz-se na cidade, que associo, com a ilusão que lhe possa estar subjacente, à pluralidade
das escolhas. De qualquer modo, a referência explícita à cidade é mais patente
na primeira parte do livro, que foi a que escrevi há mais tempo.
As pessoas que aparecem em Dos Espaços Confinados são vultos
fugidios. Limitam-se às suas actividades repetitivas, enquadradas na sociedade,
dando ideia que fogem de qualquer coisa. Do tédio? De que fogem, afinal?
Não sei. Algumas
das personagens foram baseadas em pessoas com quem me fui cruzando e que me
apareceram efectivamente como vultos. Nunca as conheci o suficiente para
decifrar os seus movimentos.
Qual a situação actual, no país, para os jovens poetas? Em Coimbra há a Casa da Escrita, mas é suficiente?
Qual a situação actual, no país, para os jovens poetas? Em Coimbra há a Casa da Escrita, mas é suficiente?
Todos os espaços
culturais, como a Casa da Escrita, são valiosos na divulgação de novos
trabalhos. Penso que a situação actual que o país atravessa afecta a poesia
apenas enquanto objecto de mercado. A poesia parte não poucas vezes de algum
tipo de conflito e por isso não julgo que as crises sejam um obstáculo à sua
escrita, que continuará a ser realizada marginalmente ou não.
Catarina, já pensa no seu próximo livro?
Catarina, já pensa no seu próximo livro?
De certo modo,
sim. Eu escrevo de uma maneira mais ou menos continuada consoante os diferentes
períodos de vida sem pensar em termos de construção de um livro. Ciclicamente,
olho para aquilo que escrevi e começo a dar-lhe uma estrutura.
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