Pedidos a infoderivaeditores@gmail.com 13 euros, 158 páginas
quarta-feira, julho 31, 2013
Nos anos da morte de Ricardo Jorge, a Peste Bubónica no Porto
Sobre Bartlebys Reunidos, Ricardo Gil Soeiro diz-nos...
De Ricardo Gil Soeiro, autor de Bartlebys Reunidos, recebemos estes pensamentos/registos que apontam para a continuação do seu projecto poético. Que sim, dizemos nós:
(...) A minha opção é, todavia, outra. Se parto em busca de uma
re-humanização poética do sentido, tal não significa que me renda a uma arte de
vocação totalizadora: só compreendo a plenitude do sentido à luz das fracturas,
das sombras que se insinuam por entre as nossas aspirações mais genuínas. Na
entrevista que vai sair muito em breve explico essa questão de uma maneira
clara: por um lado, dou conta do meu fascínio pelas intersecções metamórficas
(pelas máscaras, pelas metamorfoses e pelos simulacros que marcam presença nos
meus poemas), enfim, pelo espírito irónico de uma pós-modernidade que nos veio
confirmar que as grandes narrativas se desmoronaram e que o anjo da História
nos olha com uma justificada desconfiança; por outro lado, faço igualmente
menção aos múltiplos tons que ressoam no nosso livro dos Bartlebys. Num texto
em prosa, inédito, que escrevi aqui há algumas semanas detenho-me sobre essa
problemática que me parece essencial. O texto de duas páginas intitula-se
“Signos de ninguém: gaguejar em órbitas deleuzianas”. Aí encaro o acto de
escrever como um arriscar em constante desequilíbrio: se um estilo, como diz
Deleuze, é conseguir gaguejar na sua própria língua, então o acto de escrever
deve produzir velocidade, diferentes velocidades. Os tais tons distintos que
sublinhei.
É por isso que todos os poemas do livro são profundamente
diferentes entre si – a despeito da unidade conceptual em que se ancoram. O
mesmo sucede com o primeiro volume da tetralogia, “Da vida das marionetas”, que
se centra sobre a figura inanimada. Não só esse livro é distinto deste livro
sobre os bartlebys, como nesse volume em particular se assiste a um registo
dramático, dialógico, de um eu (a marioneta em metamorfose) e um tu que se
encontra, de poema para poema, em profunda transmutação. Mais uma vez: os
múltiplos tons, as múltiplas vozes, as múltiplas máscaras. Vestir diferentes
peles, habitar diferentes “caosmos” (como queria Joyce).
É isto que me interessa fazer. Não o tal lirismo forte de
uma subjectividade que canta, mas desenhar um rosto polimórfico que se desdobra
em diferentes urdiduras textuais: e que essas urdiduras textuais possam abrir
novos horizontes de sentido. Um outro projecto que terminei há uma semana
constitui um bom exemplo do que quero dizer: chama-se A rosa de Paracelso e é
um extenso poema baseado no conto homónimo de Borges. É um único poema (35
páginas) que se inicia justamente com a alusão ao episódio final do relato
borgesiano: quando aí se concebe que Paracelso terá logrado recriar uma rosa
pela palavra. Ou seja, aqui é já uma outra voz que pretendo explorar: convoca-se
uma reflexão metapoética que aposta no poder demiúrgico da palavra, mas que,
simultaneamente, acolhe a condição inerentemente paradoxal que atravessa a
criação poética.
Ricardo Gil Soeiro, 30 de Abril de 2013
Pedidos a infoderivaeditores@gmail.com. 11,50 euros
Uma experiência (a repetir) com Compositores do Período Barroco
Abra-se o último livro de poesia de José Ricardo Nunes editado pela Deriva, Compositores do Período Barroco, na página 41. Encontramos o poema Maurizio Cazzati. Investiguemos no Youtube este músico barroco e encontramos este trecho. Leia-se este poema de José Ricardo Nunes enquanto ouvimos a música:
CAZZATI, Maurizio
(1616-1678)
Por mais que atestem o contrário,
ele refute,
não duvido ser Arresti
o redactor do Dialogo. Tomado por fraco,
deixei-me atingir pelas críticas.
Republiquei a Missa Primi Toni
em sessenta e sete, devidamente
expurgada dos erros que afirmavam
conter, apenas um
e recorrente. Após a demissão, fui acolhido
em Mântua. A Duquesa também ouviu
a minha história mas, ao contrário
do que sucedeu contigo, não se impressionou
com os factos.
Aconselhamos vivamente a leitura activa destes poemas, enquanto, ou antes, ou depois, de sermos invadidos pela música dos compositores.
O autor, depois de invectivado por Pedro Mexia, apresenta ao público a enciclopédia La Musique Baroque onde baseou, em parte, a sua investigação poética
segunda-feira, julho 29, 2013
Os últimos livros da Deriva
Os pedidos podem ser endereçados a infoderivaeditores@gmail.com
com o nome, morada e contacto telefónico
Preços com 20% de desconto:
Domingo no Corpo / Aurelino Costa 11 8,80
Bartlebys Reunidos /Ricardo Gil Soeiro 11,5 9,20
Compositores do Período Barroso / José Ricardo Nunes 15 12
Suicidas / Henrique Manuel Bento Fialho 13 10,4
Que se lixe a troika! / João Camargo 9,5
A Moralidade da
Profissão das Letras / Robert Louis Stevenson – Trad. Jorge Bastos da Silva 8,5 6,4
Samuel Taylor Coleridge - Biographia Literaria - Jorge Bastos da Silva 14 11,20
Ao Encontro de Max Frish – Teresa Martins de Oliveira 14 11,20
Hobby e Dandy, Da Arte na sua Relação com a Sociedade/Jean-Claude
Pinson 8 6,40
Literatura para a Infância e a Juventude e Educação
Literária/Maria Madalena M.C. Teixeira da Silva e Isabel Mociño González 15
12
Bartlebys Reunidos na Fnac/Colombo
sábado, julho 27, 2013
Apresentação de Suicidas, de Henrique Manuel Bento Fialho. Um apelo à vida
Pela ordem da esquerda para a direita: Henrique Fialho, o editor apresentando-o e José Ricardo Nunes |
O livro esperando a sua aquisição que pode ser efectivada nas livrarias muito em breve |
Ao lado de Suicidas, o último livro de Henrique Manuel Bento Fialho na Deriva, o Estranhas Criaturas |
O Henrique no uso da palavra. O apelo à vida através do curso da insatisfação, da incomodidade, do inconformismo. Um apelo sincero à liberdade e a uma outra vida. |
quinta-feira, julho 25, 2013
Filipa Leal e Carla Marques na Um Porto de Contos, dia 26, sexta, 18:00
Um Porto de Contos - Encontro Internacional de Narração Oral
Dia 26 (sexta-feira)
17h | Abertura (Gratuito)
Inauguração da Feira | Música | Animação com Catavento| Inauguração da
exposição «Histórias em Sacos» | Fotoreportagem «Um Porto de Contos -
Trajectória»
17h30 | Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Conversa com Cláudia Pinheiro | artesã de arte urbana e
autora da exposição «Histórias em Sacos»
18h00| Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Conversa com «Não Há Feira mas Há Escritores»
Filipa Leal e Carla Marques
18h30 | Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Contos Vadios
Espaço livre para quem quiser contar histórias
(inscrições gratuitas no local)
22h Salão Nobre (Bilheteira Online)
Noite de contos «Terra Abensonhada» com os narradores:
Paula Carballeira (Galiza)
Clara Haddad (Brasil-Portugal)
Vitor Fernandes (Portugal)
Cristiano Gouveia (Brasil)
Fernanda Munhão (Brasil)
Dia 27 (sábado)
10h30 | Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Conversa com Sónia Borges | Ilustradora e Escritora
10h30 | Sala Contos do Nascer da Terra (Inscrições Online)
Oficina Lenice Gomes | O afeto e a sua relação com a
tradição oral
11h10| Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Conversa com Charo Pita | A arte de narrar e escrever
11h30 | Casa do Infante (Mais Informação)
“Sábado de (EN)cont(r)os”-Sessão de contos para famílias com
Diana Maciel
11h | Sala O beijo da
palavrinha (Gratuito)
Sessão de Contos para Familias com Vânia Abreu , Augusta
Santos e Rita Cyrne
15h | Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Conversa com Joana Cavalcanti | Escritora
15h | Sala Contos do Nascer da Terra (Inscrições Online)
Oficina Charo Pita | A arte de contar histórias
15h | Sala O beijo da palavrinha (Gratuito)
Sessão de Contos para famílias «Histórias Daqui e Dacolá»
com Clara Haddad
15h30 Casa do Infante (Mais Informação)
“Sábado de (EN)cont(r)os” Sessão de contos para famílias com
Fernanda Munhão
15h40| Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Conversa com Eugénia S. Lopes | Escritora
16h30| Sala O beijo da palavrinha (Gratuito)
Performance «Medo Azul» com José Caldas - Jovens e Adultos
(a partir dos 8 anos)
16h30 | Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Conversa com José Fanha | Escritor e Dramaturgo
17h10 | Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Conversa com «Não Há Feira mas Há Escritores»
Thomas Bakk -apresentação e autógrafos do audio livro
Bacocos e Bicharocos
18h00 | Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Contos Vadios
Espaço livre para quem quiser contar histórias
(inscrições gratuitas no local)
19h| Sala O Beijinho da Palavrinha (Gratuito)
Mini Concerto «Amor e Outros Brinquedos» - Cristiano Gouveia
(jovens e adultos)
21h30 - Sala O beijo da palavrinha (Bilheteira e Mais
Informação)
Porto Poesia ||| Porque a poesia é também narração oral em
movimento, a sexta edição do Porto de Poesia integrará, com muita honra, o
programa do Encontro Internacional de Narração Oral – UM PORTO DE CONTOS.
21h30- Salão nobre (Gratuito)
Recital de piano «Era Uma Vez»- Marlene Tavares
«Era uma vez…» um
recital de piano a solo. Era uma vez… uma pianista jovem e talentosa, de seu
nome Marlene Tavares. Que vai subir ao palco do Salão Nobre do Ateneu Comercial
do Porto para nos deliciar com a sua maestria, interpretando obras de W. A.
Mozart, Arvo Part, Claude Debussy, Robert Schumann e Pyotr Tchaikovsky.
23h Salão Nobre (Bilheteira Online)
Noite de contos «Cada
Homem é uma Raça» com os narradores:
Joxe Maria Carrere( Pais Basco)
Lenice Gomes (Brasil)
Charo Pita (Galiza)
André Boaventura (Portugal)
Thomas Bakk( Brasil-Portugal)
Dia 28 (domingo)
10h30 | Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Conversa com Luiz Silva | ilustrador
11h | Sala O beijo da palavrinha (Gratuito)
Sessão de Contos Aida Suárez e Joxemari Carrere -
Jovens e Adultos (a partir dos 12 anos)
11h30| Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Conversa com Lenice Gomes | A importância da oralidade e das
brincadeiras
15h | Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Conversa com João Manuel Ribeiro | Escritor e Editor
15h | Sala O beijo da palavrinha (Gratuito)
Sessão de Contos para Famílias com Contos Kamishibai da
Maria Rouco, Virgínia Sá e Sónia Ribeiro
15h40| Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Conversa com Joxe Maria Carrere| Narrador
16h | Sala O Beijo da palavrinha (Gratuito)
Sessão de Contos para Famílias «Histórias que o Saco Diz»
com Mariana Machado
16h30 | Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Conversa com Miguel Miranda |«Não Há Feira mas Há
Escritores»
17h | Sala Mar Me Quer (Gratuito)
Contos Vadios
Espaço livre para quem quiser contar histórias
Comissariado Chef Helio
(inscrições gratuitas no local)
18h30 Salão Nobre (Bilheteira Online)
Maratona de contos «Pássaros de mesma plumagem se reconhecem
e voam juntos» com todos os narradores convidados do salão nobre
20h Porto Honra TAYLORS - Encerramento
Já amanhã: Suicidas no Parque D. Carlos I, em Caldas da Rainha. às 21:30
É nesta Casa dos Barcos que sexta feira, dia 26, pelas 21:30, Henrique Manuel Bento Fialho apresentará o seu último livro, SUICIDAS. Consigo e falando sobre o livro estará igualmente José Ricardo Nunes.
Uma ronda útil e literária por Bartlebys Reunidos
Não é obrigatório adquiri-lo, mas ganha-se com a leitura de Bartleby, o Escrivão, de Melville, nesta excepcional e cuidada Biblioteca de Babel, publicada pela Editorial Presença. Com uma mais valia: a introdução de Jorge Luís Borges sobre a personagem.
Bartleby, personificado na belíssima ilustração de Javier Zabalza para a edição espanhola de Melville também incluída na edição da Deriva de Bartlebys Reunidos, de Ricardo Gil Soeiro.
«I Would Prefer Not To» é todo um programa político, dizemos nós. Pode levar à morte? Pode fazer mal? Sim, mas é de uma resistência desarmante.
Esta é a edição de Bartlebys Reunidos onde Ricardo Gil Soeiro tudo conjuga na teoria do Não. Poemas para ler e reler várias vezes ao dia. Enquanto se pensa em dizer não.
terça-feira, julho 23, 2013
O Caso Crivelli
Não concordo com aqueles que dizem não quererem saber do
quadro do Crivelli, ou que nem sabiam que havia um, antes da polémica com
Francisco José Viegas quando este era Secretário de Estado da Cultura e antes
da sua célebre frase demissionária «Tomai no cu!». Não é disso que se trata. O
que é importante dizer é que era um quadro do século XVI, com algum valor artístico
e que estava protegido pelo Estado português, visto que foi descoberto e recuperado
por uma família micaelense e por cá ficou. Pelos vistos poderia ser vendido,
mas desde que ficasse em Portugal. Ora isto moldou o preço a pagar pelo quadro,
quando Pais do Amaral o comprou à família proprietária. As condições eram que o
quadro não pudesse sair do país. Logo a seguir, Francisco José Viegas
desclassifica-o, ao contrário do que dizia a lei e pareceres técnicos da DGPC,
permitindo a Pais do Amaral fazer um negócio das Arábias com França. Ou seja,
Pais do Amaral compra à família que detinha o quadro classificado, por 800 mil
euros; a seguir à desclassificação de Francisco José Viegas, o mesmo quadro já
vale 3 milhões e vende-o finalmente a um antiquário francês por quase 4
milhões. Se isto não é um caso de polícia...
sexta-feira, julho 19, 2013
Novo livro da Deriva: Literatura para a Infância e a Juventude e Educação Literária
Capa de Manuela São Simão |
Denominador comum a todos os
investigadores com trabalhos publicados no presente volume é a consideração da
escrita literária para crianças e jovens, nos seus diferentes géneros e
subgéneros, como elemento de base, e como recurso de valor intrínseco, imprescindível
na educação literária. Mas também como matéria de conhecimento indispensável
aos mediadores da leitura, quer estejamos a falar de professores, de educadores
de infância, de estudantes de cursos do ensino superior vocacionados para a
docência, quer de críticos, de pais, de bibliotecários e de outros promotores
da leitura. Um conhecimento que, iluminado pelos desenvolvimentos recentes da
investigação nesta área, implicará um estudo atento do álbum e do conto para
crianças, da narrativa para jovens, da poesia e de outras modalidades de
criação que são objeto de análise no leque de artigos contidos na obra agora
apresentada, partindo fundamentalmente de dois espaços culturais e linguísticos
muito próximos:Portugal e a Galiza.
Compositores do Período Barroco e Bartlebys Reunidos já nas Bertrands
Compositores do Período Barroco, de José Ricardo Nunes e Bartlebys Reunidos já nas Bertrands. Aqui na foto na Bertrand Plaza Porto, junto a Sta. Catarina, no Porto
quinta-feira, julho 18, 2013
Índice de Suicidas, de Henrique Manuel Bento Fialho
terça-feira, julho 16, 2013
Suicidas, de Henrique Manuel Bento Fialho. Apresentação
segunda-feira, julho 15, 2013
Poesia na Deriva 2013
Marcadores:
Henrique Manuel Bento Fialho,
José Ricardo Nunes,
Ricardo Gil Soeiro
domingo, julho 14, 2013
Nova Almedina do Arrábida Shopping: «Ao Encontro de Max Frisch»
Ontem, na Nova Almedina do ArrabidaShopping, bem destacado, o livro da Deriva/ILC, Colecção Cassiopeia, Ao Encontro de Max Frisch, com coordenação de Teresa Martins de Oliveira e artigos de Gonçalo Vilas-Boas, Ofelia Martí-Peña, Alexandra Moreira da Silva, Maria Antónia Gaspar Teixeira, Ana Isabel Marques e Maria Alexandra Côrte-Real.
Já o podem adquirir.
Já o podem adquirir.
Marcadores:
Cassiopeia,
Gonçalo Vilas Boas,
ILC,
Teresa Martins de Oliveira
sábado, julho 13, 2013
Apresentação de Suicidas, de Henrique Manuel Bento Fialho, nas Caldas da Rainha, dia 26, 21:00
Tantos milhares de anos passados, tantas histórias, guerras,
revoluções, tantos rostos registados e tantos mais esquecidos, tantas batalhas,
tantas conquistas, tantas derrotas, tanta alegria consumida pela tristeza e
tanta tristeza momentaneamente devorada por breves alegrias, tanta morte, tanta
vida, tanto ser nascido para uma vida à morte resumida, tantos deuses a
adornarem-nos o desespero, tanto desassossego, tanto sonho, tanto invento
escusado para tanta escusada recriação, tanto, tanto, tanto para virmos dar
aqui, a este lugar. O céu existe mesmo? A terra também.
Apresentação na Casa dos Barcos (Parque D. Carlos I)
Caldas da Rainha
Dia 26, 21h
Apresentação de José Ricardo Nunes
HENRIQUE MANUEL BENTO FIALHO nasceu em 1974. É licenciado
em Filosofi a, sobrevive como livreiro. Publicou os livros
Neoménia
seguido de Outros Exorcismos (1997), Entre o dia e a noite
há sempre um
sol que se põe (2000), Antologia do Esquecimento (2003),
Estórias Domésticas
& Outros Problemas (2006), O Meu Cinzeiro Azul (2007),
Estranhas
Criaturas (2010), A Dança das Feridas (2011) e Rogil (2012).
De referir
ainda, em nome individual, a plaquete “Uma Aldeia que não
Existe” (2009),
sobre o poeta Ruy Belo, e o n.º 29 dos “Baluerna – Cuadernos
del Viajero”
(2008, Espanha). Colaborou no n.º 12 da revista Di Versos
com versões
de poemas do chileno Nicanor Parra. Está representado em
várias antologias,
tendo prefaciado a “Primeira Antologia de Micro-Ficção
Portuguesa”
(2008), da qual se fez uma edição em árabe no ano de 2010.
Colaborou com
as revistas Aullido (Espanha), Big Ode, Sulscrito, Saudade,
Callema, Entre
o vivo, o não-vivo e o morto, non nova sed nove, Sítio,
Piolho e Golpe d’Asa.
Mantém o weblog Antologia do Esquecimento
(http://universosdesfeitosinsonia.
blogspot.pt/), gosta de tocar guitarra com os Ventilan e
continua a
faltar às sessões de catequese.
sexta-feira, julho 12, 2013
Hoje, Domingo no Corpo, de Aurelino Costa no Corte Inglês
quarta-feira, julho 10, 2013
Pedro Mexia (Actual/Expresso) dá recensão muito positiva (4 estrelas) a Compositores do Período Barroco, de José Ricardo Nunes
4 estrelas deu Pedro Mexia a Compositores do Período Barroco, de José Ricardo Nunes, na última Actual do Expresso (6 de Julho de 2013). Pode clicar na recensão para ler melhor. Esta colecção está, decididamente de parabéns.
sexta-feira, julho 05, 2013
Novo livro: «Suicidas» de Henrique Manuel Bento Fialho, em entrevista
«Suicidas»! Que livro é este, Henrique? Como te surgiu a
ideia de o escreveres?
É um livro de poemas em prosa, na linha do “Estranhas
Criaturas” (Deriva, Junho 2010) e do “Estórias Domésticas” (Ovni, 2006). É
nesse território que me sinto melhor, embora desde cedo tenha sentido uma forte
ambivalência entre a prosa e o verso. A ideia de escrever um livro cujos textos
tivessem como “figuras tutelares” escritores que se suicidaram persegue-me há
muito. Julgo que me surgiu, pela primeira vez, em 2003, depois de ter lido um
texto de Antonin Artaud intitulado “Van Gogh – O Suicidado da Sociedade”.
Organizá-lo agora tem que ver, julgo, com o ambiente social que estamos a
viver. Por vezes, sinto que este livro é um manifesto contra todos quantos
defendem não haver espaço para estados de alma neste momento especialmente
crítico. Não havendo espaço para estados de alma, não há espaço para a vida.
Fazemos o quê? Eu escrevo, é a minha forma de me matar e ir aguentando. A
citação final do Ruy Belo é o axioma que fundamenta a tese.
A Literatura, a poesia e a morte estão assim tão ligadas?
São indissociáveis?
Não sei se são indissociáveis, é provável que sim. Sei que
estão muito ligadas. O amor e a morte são as balizas de um campo onde a
linguagem joga e o texto nasce. A morte é um tema universal, intemporal… mas
este livro, embora muito tocado pela ideia da morte, não é sobre a morte. É
mais sobre a dificuldade de se estar vivo. Noutro sentido, reflecte uma
concepção de escrita que olha para o texto como uma pequena morte. Um pouco de
pele que ficou pelo caminho, células mortas em busca do repouso que um dia o
esquecimento lhes dará. Para mim a poesia é indissociável da vida. Logo,
indissociável da morte.
Já não é o teu primeiro livro. Que expectativas guardas para
este?
Espero que tenha leitores. É só isso que espero. Ou talvez
espere algo mais. Quando publicámos “Estranhas Criaturas” fui estupidamente
acusado pelos editores da revista Criatura de andar a enviar recados. Enfim,
espero agora que os escritores evocados neste livro não se ergam do repouso em
que se encontram para me atazanarem a cabeça. Não pretendo perturbar os mortos,
pelo menos não tanto quanto gostaria de agitar os vivos.
Dá-nos uma ideia para salvar a poesia.
A poesia está em apuros? O Herberto esgotou em dois dias,
precisa de ser salvo. A poesia não.
Como vai ser a apresentação do livro?
Vai ser como devia ser sempre a vida: simples. Pedi ao José
Ricardo Nunes que apresentasse. Ele aceitou. Estava a tratar de encontrar um
café onde nos pudéssemos reunir, em tertúlia, num contexto de proximidade onde os
estados de alma tenham lugar. Mas vai ser na Casa dos Barcos no dia 26 de
Julho, em pleno parque das Caldas, pelas 21:00.
Subscrever:
Mensagens (Atom)