Autores: BRUNO MONTEIRO, JOÃO QUEIRÓS, RICARDO RUIVO, MARIA INÊS COELHO, JOÃO BAÍA, ANA SOFIA FERREIRA E CRISTINA NOGUEIRA
Na Universidade Popular do Porto, ao longo de sensivelmente dois anos, praticamente todos os meses, as sessões das Oficinas do Pensável serviram para a apresentação de trabalhos de investigação realizados, sobretudo, no âmbito das ciências sociais. Ambicionando o propósito de permitir, sem que isso significasse isentar-se de desideratos de rigor, a apresentação fora do espaço universitário de pesquisas recentemente realizadas, de maneira que muitas aí conheceram uma primeira apresentação pública, cada Oficina procurava constituir também uma oportunidade para o exercício da reflexão partilhada entre os dinamizadores da sessão e uma audiência que desejavelmente não se cingiria meramente a essa condição. Ao dispensar-se, outrossim, das fórmulas de conveniência académica e dos argumentos de autoridade magistral, era ensaiada, recorrentemente, a abertura de um espaço de diálogo, alheio a fins puramente polémicos, entre praticantes de diferentes “especialidades” científicas. Sessão após sessão, no meio a uma diversidade de temas e abordagens, foi-se revelando, inesperadamente, uma linha de questionamento compartida por vários investigadores: aquela sobre a história do Porto no período subsequente ao fim da Segunda Guerra Mundial. Os contributos reunidos neste volume, que não foram inicialmente combinados entre si, mostraram poder reconstruir, quais faces de um mesmo poliedro, a realidade complexa da cidade nessa fase do Estado Novo.