Bom, a crítica de Fernando Ramalho sobre Chega de Fado de Paulo Kellerman, neste número de Abril do Le Monde Diplomatique, é densa, pormenorizada e criteriosa. Sinceramente gostámos de a ler. Apontamos esta parte final:
«Quase sempre, a tensão principal é entre a angústia de manter as coisas como estão e a incerteza de mudar o rumo das coisas, sendo que, também quase sempre, a opção que vence é a segunda. É por isso que, em certo sentido, este livro é uma espécie de elogio da determinação e do optimismo, mesmo que o desenraizamento que implica a mudança seja a semente que criará novas raízes, ou seja, novos bloqueios, angústias, incertezas. Apesar disso tudo, valerá a pena viver o risco. Ao «chega de fado» talvez valesse a pena acrescentar chega de raízes, chega de etimologia».