Um calcanhar partido, um braço quebrado excitam vivamente o espírito em direcção a um corpo que se tornou impossível, que a infância viveu muito simplesmente na indissociação, depois na mastigação, cuja memória foi toda como que atormentada. Fantasia da beleza e da plenitude de um corpo ao qual nenhum mármore nem nenhum escultor saberiam chegar, e do qual o fragmento deixa a possibilidade, ou a esperança.
Um Incómodo Técnico em Relação aos Fragmentos, de Pascal Quignard, (Tradução de Pedro Eiras) Nas livrarias e aqui. |
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