Um soldado do Batalhão Académico de Coimbra em 1809 a que Alexandre Morais Sarmento pertenceu sob as ordens do Coronel Trant
A leitura, correcção e revisão do texto da Relação das Medidas de Defesa do Vouga contra o exército de Soult, em 1809 de Alexandre Tomás de Morais Sarmento, estão a dar-me uma visão muito mais ampla do que perdemos em termos de vocabulário. Li, há uns tempos, uma crónica de Vasco Pulido Valente, no Público, que dizia isto mesmo. Já o tinha sentido (embora menos, por ser um livro de 1890) no Estudo Histórico sobre a Campanha do Marechal Soult em Portugal, de Alfredo Pereira Taveira. Mas é importante assinalar a pobreza de vocabulário com que nos deparamos todos os dias e os termos que cairam em desuso ou que foram banidos por nós, alguns de uma sonoridade lindíssima e que os podemos reconhecer nestes livros. Quem de entre nós já vasqueou um rio? Ou observou um acampamento em bivaque? Ou viu a situação de uma veiga aprazível? Ou subiu a corda de um monte? Ou leu o termo paisanaria, o atravessadouro, o voltigueiro, os hússares, a lameda, etc, etc.
Optei, por isso e por outras razões fáceis de entender, ao fixar o texto para português actual em deixar incólumes as expressões que Alexandre Tomás de Morais Sarmento, do Corpo Militar Académico de Coimbra e o 1º Visconde do Banho (actual S. Pedro do Sul) usou em 1810, até porque, o Dicionário Houaiss mantém todas estas expressões. Sem, excepção. O livro sairá para o público dentro de muito pouco tempo.
Um mapa militar com as principais estradas em 1808