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Acontece-me sempre isto quando alguém como Bénard da Costa se despede assim de nós. Fico, com um sentimento de orfandade difícil de explicar. Li-o muito em jornais e revistas desde sempre. Afastei-me dele durante uns tempos, embora tenha acompanhado sempre as actividades da Cinemateca com evidente interesse. Não percebi logo a sua posição sobre a possível Cinemateca do Porto. Provavelmente teria razão.
Vi todos os filmes que ele dizia serem da vida dele. Não sei se gostei deles por causa da sua influência, nem para o caso interessa. Mas sei que escrevia admiravelmente o português e o entusiasmo que se pressentia em cada linha de escrita. Nós, os seus leitores, intuíamos isso. Vamos sentir a falta dele. Porque sabiamos que nos influenciava.