Sexta, 15 de Maio, 22h30
Baraka
Filme experimental de Ron Fricke
Gato Vadio
Entrada livre
Sábado, 16 de Maio, 18h30
Criatura (Poesia)
Apresentação de Rosa Maria Martelo
Leitura de poemas
Baraka
Filme experimental de Ron Fricke
Gato Vadio
Entrada livre
Sábado, 16 de Maio, 18h30
Criatura (Poesia)
Apresentação de Rosa Maria Martelo
Leitura de poemas
No arranque de Baraka somos surpreendidos num close-up com um macaco Honshu cujo olhar expressivo parece espelhar o nosso. Olhar compenetrado e distante. Como se estivesse numa reflexão profunda sobre a vida.
Baraka é isso mesmo, uma introspecção, um registo da humanidade, um verdadeiro poema visual. As imagens foram resgatadas em 150 locais de 24 países e incluem um vasto registo de rituais religiosos, maravilhas naturais e diversos estilos de vida.
O contraste das imagens e as metáforas visuais estabelecem um jogo duplo de aproximação e de distanciamento entre as sociedades ocidentalizadas e as tradicionais. Mas o que avulta é o abismo que as separa.
Sob a doutrina do progresso, as sociedades tecno-industriais criam formas massificadas e estandardizadas em todas as vertentes da vida sugerindo um movimento na direcção de um controlo progressivo de cada aspecto das nossas vidas, deixando-nos sem qualquer hipótese de fuga à sua lógica. Neste processo, o mundo natural e tradicional é inferiorizado, subjugado e depois alcatroado, desligando-nos dessa existência de deslumbramento, da sua intimidade, da sua coesão, do fluir do tempo lento, bem como de toda a sua ontologia, relegando-nos para o vazio, para a corrosão de tudo aquilo que é saudável e pleno de vida, para um estado existencial profundamente desumanizante e ecologicamente funesto.
Baraka é uma antiga palavra Sufi, que pode ser traduzida como "uma bênção”, ou como o ar, ou essência da vida a partir da qual o processo evolutivo desabrocha e surge o momento para ressurgir e saldar o “modelo” que nos foi imposto clandestinamente.
Baraka é isso mesmo, uma introspecção, um registo da humanidade, um verdadeiro poema visual. As imagens foram resgatadas em 150 locais de 24 países e incluem um vasto registo de rituais religiosos, maravilhas naturais e diversos estilos de vida.
O contraste das imagens e as metáforas visuais estabelecem um jogo duplo de aproximação e de distanciamento entre as sociedades ocidentalizadas e as tradicionais. Mas o que avulta é o abismo que as separa.
Sob a doutrina do progresso, as sociedades tecno-industriais criam formas massificadas e estandardizadas em todas as vertentes da vida sugerindo um movimento na direcção de um controlo progressivo de cada aspecto das nossas vidas, deixando-nos sem qualquer hipótese de fuga à sua lógica. Neste processo, o mundo natural e tradicional é inferiorizado, subjugado e depois alcatroado, desligando-nos dessa existência de deslumbramento, da sua intimidade, da sua coesão, do fluir do tempo lento, bem como de toda a sua ontologia, relegando-nos para o vazio, para a corrosão de tudo aquilo que é saudável e pleno de vida, para um estado existencial profundamente desumanizante e ecologicamente funesto.
Baraka é uma antiga palavra Sufi, que pode ser traduzida como "uma bênção”, ou como o ar, ou essência da vida a partir da qual o processo evolutivo desabrocha e surge o momento para ressurgir e saldar o “modelo” que nos foi imposto clandestinamente.