Livrinho de bolso, como se requer a um policial. Jeffrey Archer tem um condão não só de escrita, mas também, como convém a qualquer boa história, de saber do que fala. E para além da sua experiência de vida em confronto com a justiça que conhece bem, visto que esteve preso por fuga aos impostos, ainda por cima como deputado conservador, descreve com verosimilhança todas as tramas que nos descreve.
Como conservador, acredita que o mérito pode ser o impulsionador do elevador social, mas também sabe que não somos parvos ao ponto de acreditar totalmente nisso. Portanto, os livros de Archer devem ser lidos como minitratados de luta de classes, mas ao contrário. Daí a importância de o ler. Não só por isso, porque é inegável a qualidade da sua escrita e do suspense que suscita, mas também por isso.
Bertrand, col. 11/17 de bolso.
Tradução de Fernanda Oliveira
2018