segunda-feira, novembro 25, 2013
O Aquário e Perigo Vegetal na Fnac do Norteshopping
Na Fnac do Norteshopping em Matosinhos podem ser encontrados O Aquário, de João Pedro Mésseder e Perigo Vegetal, de Ramón Caride. Ambos no Plano Nacional de Leitura.
terça-feira, novembro 19, 2013
Crónicas Peugeot. O que são? Que história por detrás do livro?
No início dos anos 80, o sociólogo Michel Pialoux conheceu
Christian Corouge, operário e sindicalista nas fábricas Peugeot, em Sochaux
(França). Ao longo de largos anos, eles mantiveram um diálogo sobre os pequenos
nadas que preenchem o quotidiano do trabalho fabril, a entreajuda, galhofa e
convívio entre colegas de trabalho, as resistências e increpações perante as
tentativas de controlo patronal. A partir da história singular de um operário,
o que, por si só, vem pôr em causa as concepções que tendem a anular a subjectividade
dos próprios trabalhadores, são trazidos para o primeiro plano todos os
aspectos que fazem do trabalho o que ele realmente é, sejam as vicissitudes que
representa organizar uma manifestação sindical a exigir uma melhoria das
condições de trabalho, seja o suicídio de um colega que não pôde mais suportar
as humilhações da gerência, seja ainda o orgulho sentido em preservar
intransigentemente a dignidade pessoal contra todas e quaisquer intrusões e
pressões.
«Aqui estão “lançadas sobre o papel as palavras da língua
falada”, palavras simples, por vezes brutais e frequentemente cómicas: as
palavras de Christian Corouge, operário da fábrica Peugeot de Sochaux e
delegado sindical, trocadas com o sociólogo Michel Pialoux por ocasião de
entrevistas gravadas entre 1983 e 1986. Corouge analisa os métodos Peugeot de
gestão da mão-de-obra, as técnicas de repressão dos militantes bem como as
técnicas de resistência, a convivialidade entre operários, indissociável do
sucesso de uma greve. Resistir no local de trabalho é também ultrapassar o
horizonte estreito que ele poderia impor ao formular um questionamento político
sobre a representação dos operários e a delegação do poder, sobre as relações
com os intelectuais e com a cultura, sobre o lugar das mulheres e dos
imigrantes.»
Célestin Saldana, «Compte rendu», Le Monde Diplomatique,
Dezembro de 2011.
«Christian Corouge, operário da Peugeot, dialogando com o
sociólogo Michel Pialoux, traz um olhar singular sobre as desilusões da causa
operário no último terço de século. Um caso exemplar de produção intelectual
partilhada entre um artesão do intelecto e um pensador da actividade operária.
(…) Estando para lá do simples testemunho pela sua reflexividade, a pesquisa
comporta um interferência original, explícita e cultivada, entre aspirações
sociais e ciências sociais. Desde quando foi realizada, ela contribuiu para a
renovação na etnologia e na sociologia das investigações sobre a sociedade
francesa, e daquilo que podemos designar por movimento etnográfico francês.»
Nicolas Hatzfeld, «Da la chaine à la plume», La Vie des
Idées, 5 de Setembro de 2011.
Congresso Trabalho e Movimento Operário. Barreiro, 28/29 de Novembro
http://www.cm-barreiro.pt/NR/rdonlyres/24A75758-06EC-45A0-A483-7465213DCF1C/102089/programapdf.pdf
Através de Vanessa Almeida (tem uma intervenção sobre a luta
das mulheres nas greves de 1943) recebemos o programa do Congresso Trabalho e
Movimento Operário a realizar-se no Barreiro a 27 e 28 de Novembro. Vejam, com
o cuidado que merece, o programa e lá pontificam entre outros Fernando Rosas,
Paula Godinho e João Carlos Louçã, este último referindo o estado de
precariedade e exploração dos trabalhadores e trabalhadoras dos Call Centers
(em 2014, a Deriva irá publicar um trabalho deste autor sobre o tema). Ontem
como hoje, as lutas operárias e de trabalhadores têm uma palavra a dizer e, nos
tempos que correm, uma iniciativa destas será sempre de louvar.
segunda-feira, novembro 18, 2013
No último Expresso, Henrique Fialho escolheu
domingo, novembro 17, 2013
19º Encontros Luso-Galaicos-Franceses do Livro Infantil e Juvenil
Um dos mais bonitos cartazes que os Encontros já produziram |
O programa dos 19º Encontros |
Esta é a ficha de inscrição dos encontros que pode ser usada por quem está a pensar (e bem) participar nos Encontros |
sexta-feira, novembro 15, 2013
Morrer na Praia, de Filipa Leal. Em exibição no Teatro de Campo Alegre
Peça provocatória de Filipa Leal sobre uma mulher que perdeu o marido na praia. Tudo o que é dito, pode não ser exactamente aquilo que é. Tudo o que não é dito, pode ser exactamente aquilo que é. Filipa Leal já nos habituou ao paradoxo, à metáfora e principalmente à inteligência crítica. São vinte minutos de uma saudável loucura, num diálogo muito bem construído. Na minha opinião é um crime não ir vê-la. Há uma sessão às 21:30 e outra às 22:00. O bilhete é a 3 euros.
Morrer na Praia, de Filipa Leal
Com Inês Veiga de Macedo e Ana Lopes Gomes
Vídeo de Tomás Baltazar
Ontem, na UPP. Apresentação de Crónicas Peugeot
O editor, Bruno Monteiro e José Madureira Pinto da FLUP |
Foi na Universidade Popular a apresentação de Crónicas Peugeot, de Michel Pialoux e Christian Corouge. Não esteve muita gente, antes pelo contrário. Doze pessoas num dia de futebol de tudo ou nada, que isto de Portugal não ir ao Mundial do Brasil ainda seria uma desgraça. Pelos vistos, foi mais uma vez o jovem Cristiano Ronaldo, o sempre eterno herói nacional a colocar-nos no mapa futebolístico. Longe da valorização merecida anda quem trabalha todos os dias para ganhar a vida e sobreviver com o que o lhe dão e tiram todos os dias. Era isso que queríamos debater. Connosco estiveram Bernard Despommadéres, adido cultural do consulado francês, responsável pela última vinda de Pialoux ao Porto, Virgílo Borges Pereira que trazia uma mensagem de Pialoux, José António Gomes, Sérgio Vinagre, José Soeiro e outras gentes não deixaram em vão a preocupação de relacionar o trabalho sociológico inovador de Pialoux com a classe operária da Peugeot de Sochaux. Para quem teima, em tempos de resistência antiliberal, em não esquecer que ainda há explorados. E exploradores. Agora, Lisboa e Coimbra. E, provavelmente, o Porto outra vez. Sem futebóis.
Hoje. Na UPP. Apresentação de Crónicas Peugeot. Às18:30
sábado, novembro 09, 2013
As escolhas do poeta Rui Almeida, hoje, no Expresso
Gostamos das todas as escolhas de Rui Almeida, um poeta que muito respeitamos, mas enche-nos particularmente de orgulho as que nos são dirigidas quando referiu Compositores do Período Barroco de José Ricardo Nunes e Suicidas, de Henrique Manuel Bento Fialho. Hoje, no Expresso.
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Henrique Manuel Bento Fialho,
José Ricardo Nunes
quinta-feira, novembro 07, 2013
Crónicas Peugeot, de Michel Pialoux, o início
No início dos anos 80, o sociólogo Michel Pialoux conheceu
Christian Corouge, operário e sindicalista nas fábricas Peugeot, em Sochaux
(França). Ao longo de largos anos, eles mantiveram um diálogo sobre os pequenos
nadas que preenchem o quotidiano do trabalho fabril, a entreajuda, galhofa e
convívio entre colegas de trabalho, as resistências e increpações perante as
tentativas de controlo patronal. A partir da história singular de um operário,
o que, por si só, vem pôr em causa as concepções que tendem a anular a
subjectividade dos próprios trabalhadores, são trazidos para o primeiro plano
todos os aspectos que fazem do trabalho o que ele realmente é, sejam as
vicissitudes que representa organizar uma manifestação sindical a exigir uma
melhoria das condições de trabalho, seja o suicídio de um colega que não pôde
mais suportar as humilhações da gerência, seja ainda o orgulho sentido em
preservar intransigentemente a dignidade pessoal contra todas e quaisquer
intrusões e pressões.
Florencia Abbate em Lisboa, na Fundação José Saramago, 25 de Novembro, 18:30
O livro de Florencia Abbate, Magic Resort, editado pela Deriva, irá estar disponível no encontro |
Florencia Abbate vai estar em Lisboa na Fundação José Saramago, em Lisboa |
Sessão de leituras - organizado pela Casa da América Latina
com a Fundação José Saramago - Florencia Abbate
25 de Novembro, 18h30, na Fundação José Saramago
A escritora e jornalista argentina Florencia Abbate, autora
de Magic resort, editado pela Deriva Editores, é a convidada para mais uma
sessão de leituras, inserida no ciclo de leituras organizado pela Casa da
América Latina com a Fundação José Saramago.
Florencia Abbate é autora dos romances El grito (2004) e Magic resort (2007) editado pela Deriva em Portugal, bem
como das obras poéticas Los Transparentes (2000), La niña bonita (2000) e Una
sola alma somos: Mapuches (2006).
Licenciada em Letras pela Universidade de
Buenos Aires, com uma especialização em literatura argentina e
latino-americana, Abbate é também Doutora em Filosofia e Letras pela mesma
universidade. Escreveu para os jornais La Nación, Página 12, Diario Perfil e El
País, entre outros.
terça-feira, novembro 05, 2013
Próximo livro da colecção A Ordem das Coisas/Deriva: Crónicas Peugeot, de Michel Pialoux
A capa do próximo livro da colecção de Sociologia, A Ordem das coisas/Deriva Editores, coordenada por Bruno Monteiro. Crónicas Peugeot é uma obra muito marcante de Michel Pialoux que a escreveu juntamente com a colaboração do operário da Peugeot, Christian Corouge que nos ano 80 se envolveu numa longa luta com a administração desta empresa automóvel.
A apresentação pública do livro vai ser na Universidade Popular do Porto (UPP), na Rua da Boavista, no dia 15 de Novembro, pelas 18:30.
domingo, novembro 03, 2013
«Morrer na Praia», peça de teatro de Filipa Leal no Teatro de Campo Alegre, no Porto
Soube ontem: Morrer na Praia vai estar no Teatro de Campo Alegre, no Porto em 15 e 16 de Novembro. Também não sei como se processa a compra de bilhetes, mas vão por mim, e tentem saber na bilheteira do teatro como se podem comprá-los.
Último JL: António Carlos Cortez faz a crítica de «Compositores do Período Barroco», de José Ricardo Nunes
«O livro mais recente de José Ricardo Nunes poderá não ser encontrado nas secções dedicadas à poesia. Com um título suficientemente ''estranho'' para quem não identifique a Deriva como chancela editorial que tem vindo a publicar poetas mais jovens (Catarina Nunes de Almeida, Filipa Leal, Ricardo Gil Soeiro, Pedro Eiras ou Luís Maffei são alguns dos autores do seu catálogo), este Compositores do Período Barroco pode muito bem passar por ser uma espécie de compêndio sobre a música daquele período, espécie de guia dos mais relevantes compositores daquele tempo. Em todo o caso, importa ver que o título, até por nos poder conduzir a um equívoco, é já uma relevante pista de leitura...» Assim se inicia a longa e rigorosa crítica no último Jornal de Letras, de António Carlos Cortez sobre Compositores do Período Barroco de José Ricardo Nunes, recém editado pela Deriva e presente em todos as livrarias. Vale a pena consultá-lo.
Apresentação de Segmento, de Hugo Neto. Com Filipa Leal, dia 2 em Lisboa
Hugo Neto ao fazer a sua intervenção, ladeado por Filipa Leal e cá pelo editor |
Palavras também dirigidas à Filipa |
Lançamento de Segmento, de Hugo Neto, foi ontem em Lisboa, no Ateneu. Mais concretamente no Bar Primeiro Andar, junto ao Coliseu, nas Portas de Santo Antão. Contou com a presença de Filipa Leal e houve emoção como só ela é capaz de transmitir numa passagem de testemunho sentida. Muita gente, gente interessada e com disponibilidade para conhecer um jovem poeta como o Hugo. Gente que não desiste de saber como se pode construir um novo quotidiano baseado na compreensão da poesia. No fundo, tão simples como isso. Vai ser muito difícil esquecer aqueles momentos.
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