Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro
Fundado em 1059 segundo a tradição popular, embora a referência documental mais antiga remonte a 1099, o Mosteiro de Pombeiro gozava de privilégios e justiça própria já em 1112, como o comprova Carta de Couto concedida nessa data por D. Teresa. Esta instituição monacal encontrava-se já documentada desde 853, o que a torna uma das mais antigas do território, embora não existam provas materiais do primeiro estabelecimento. Localizado na intersecção de duas das principais vias da época medieval, uma que ligava Porto a Trás-os-Montes e uma segunda que ligava a Beira ao Alto Minho, o mosteiro adquiriu importância e serviu de guarida à corte e aos peregrinos em viagem. Com as dádivas da família Sousões e dos fiéis, Pombeiro chegou a deter 37 igrejas e um rendimento anual invejável, e cujo poder se estendia até Vila Real. Já na Idade Moderna, o mosteiro sofreu profundas modificações, em especial durante o período Barroco, das quais se destacam uma das alas do claustro, a nova capela-mor, o coro alto, várias obras de talha dourada e as próprias duas torres que ladeiam a frontaria. No início do século XIX procedeu-se a remodelação dos claustros numa intervenção neoclássica, entretanto interrompida com a extinção das ordens religiosas em 1834. Foi classificado como Monumento Nacional a 23 de Junho de 1910. [daqui]
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