Emil V. Abrahamian
Luís Oliveira, da Antígona, opõe-se (de uma forma clara e mais que coerente, diga-se desde já) contra a organização das Feiras do Livro que, mais do que efectuar a necessária mudança, continuam numa vertigem de auto-destruição protagonizada na luta entre a APEL e UEP. Já vai faltando paciência para isto.
Ninguém me convence de que o Massacre da Virgínia a que assistimos (literalmente, como vai sendo hábito) nada tem a ver com a escola ou, mais concretamente, com o fim da escola. A cultura de morte ocidental e a sociedade cada vez menos hedonista (não é só o oriente que padecerá deste mal) é promovida pelo «sucesso» do lucro e do consumo. Logo, do vazio. Junta-se a isto uma escola sem liberdade, sem criação, destruída, repressora e com uma ausência total de afectos e pode-se ter, em qualquer lugar do mundo, uma explosão daquelas. Percebe-se por que razão as análises tão abundantes nestas ocasiões se calem de imediato quando se trata de analisar a escola que temos.
Por essas (e outras) ordens de razões, não me convence mesmo nada o anunciado aumento da «autoridade» dos professores na escola portuguesa.
O Sol foi esta semana apresentado em três dimensões pela sempre eterna Nasa. Pede-se que parem com os poemas em seu louvor, por favor.
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