“Não percebem plenamente os homens, nem os deuses, o mistério da criação. Basta ver como a soma de dois pares de olhos azuis tem, muitas vezes, como resultado o brilho nocturno de um olhar pardo; ou como de dois feios nasce um terceiro belo - e vice-versa.”.
Estas palavras de real dimensão ontológica aparecem no capítulo “Oito” da segunda edição, revista, da novela “O homem que julgou morrer de amor” (com que a editora “Campo das Letras” abriu a sua colecção “Campo de Estreia”, em 1996), de um dos mais profícuos escritores portugueses que a escreveu aos 25 anos e agora a reedita, numa versão totalmente revista e aumentada.
O autor chama-se Manuel Jorge Marmelo (37 anos), assina como Jorge Marmelo no jornal “Público”, ao serviço do qual nos conhecemos e ao serviço do qual me fui apercebendo de como é de trato polido, educado e de arguta sobriedade.
De Marmelo se pode dizer que fez (quase) tudo cedo. Cedo arranjou a profissão de jornalista (aos 18 anos), cedo casou, cedo teve filhos, cedo escreveu um livro, cedo teve êxito (o seu “As mulheres deviam vir com livro de instruções” vai na nona edição), isto é: cedo teve apontados sobre si os holofotes do êxito - que arrasta quase sempre a maledicência de quem não compreende que sejam outros a tê-lo.
“Quando se publica um livro e não se tem ainda 25 anos, como me aconteceu, o mais comum é que a obra saia mal acabada e cheia de defeitos, repleta de arestas e incongruências a que um excessivo entusiasmo não permitiu dar a atenção devida”, conclui Manuel Jorge Marmelo na introdução desta segunda edição que encontrei, hoje, na minha secretária, à espera da redescoberta.
Lembro o dia em que Mário Cláudio apresentou “O homem que julgou morrer de amor/O casal virtual”, na “Livraria Lello”. Recordo o entusiasmo que eu sentia por saber que, dias depois, o José Viale Moutinho iria ser apresentar o meu “O Segredo de Ana Caio”, o segundo volume da mesma colecção, “Campo de Estreia”.
Dez anos se passaram e dez anos depois de demasiados desencontros espero reencontrar Manuel Jorge Marmelo noutro momento tão importante como esses que jamais esqueceremos.
Vítor Pinto Basto
Estas palavras de real dimensão ontológica aparecem no capítulo “Oito” da segunda edição, revista, da novela “O homem que julgou morrer de amor” (com que a editora “Campo das Letras” abriu a sua colecção “Campo de Estreia”, em 1996), de um dos mais profícuos escritores portugueses que a escreveu aos 25 anos e agora a reedita, numa versão totalmente revista e aumentada.
O autor chama-se Manuel Jorge Marmelo (37 anos), assina como Jorge Marmelo no jornal “Público”, ao serviço do qual nos conhecemos e ao serviço do qual me fui apercebendo de como é de trato polido, educado e de arguta sobriedade.
De Marmelo se pode dizer que fez (quase) tudo cedo. Cedo arranjou a profissão de jornalista (aos 18 anos), cedo casou, cedo teve filhos, cedo escreveu um livro, cedo teve êxito (o seu “As mulheres deviam vir com livro de instruções” vai na nona edição), isto é: cedo teve apontados sobre si os holofotes do êxito - que arrasta quase sempre a maledicência de quem não compreende que sejam outros a tê-lo.
“Quando se publica um livro e não se tem ainda 25 anos, como me aconteceu, o mais comum é que a obra saia mal acabada e cheia de defeitos, repleta de arestas e incongruências a que um excessivo entusiasmo não permitiu dar a atenção devida”, conclui Manuel Jorge Marmelo na introdução desta segunda edição que encontrei, hoje, na minha secretária, à espera da redescoberta.
Lembro o dia em que Mário Cláudio apresentou “O homem que julgou morrer de amor/O casal virtual”, na “Livraria Lello”. Recordo o entusiasmo que eu sentia por saber que, dias depois, o José Viale Moutinho iria ser apresentar o meu “O Segredo de Ana Caio”, o segundo volume da mesma colecção, “Campo de Estreia”.
Dez anos se passaram e dez anos depois de demasiados desencontros espero reencontrar Manuel Jorge Marmelo noutro momento tão importante como esses que jamais esqueceremos.
Vítor Pinto Basto
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