sábado, abril 27, 2013

A TEatroensaio apresenta: Estórias de Mato - a guerra colonial em palco.


Memórias de Guerra e de Futuro
Sexta-feira, dia 3 de Maio, 21h30
Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto
(Rua Rodrigues Sampaio, 140, Porto - ao Rivoli, TLF: 222 080 565)
Entrada Gratuita
com:
Jaime Froufe Andrade (jornalista e escritor)
Nuno F. Santos (jornalista)
Pedro Estorninho (dramaturgo, encenador e director artístico TEatroensaio)

Esta conferência é um evento paralelo de promoção do espectáculo
Estórias do Mato - a guerra colonial em palco

de 9 a 12 de Maio de 2013, pelas 21h30
Teatro Helena Sá e Costa
(Rua da Escola Normal, 39, Porto, TLF Bilheteira: 225 193 760)
Dramaturgia e encenação de Pedro Estorninho e música original de José Mário Branco, espectáculo criado a partir do livro "Não sabes como vais morrer" de Jaime Froufe Andrade (4ª edição, Colecção Memória perecível, AJHLP).
Sinopse:
No começo de um dos muitos debates que se têm feito sobre a guerra colonial e sobre os ex-combatentes, Alferes Isidro conta-nos a sua história, transportando-nos numa analepse que nos coloca no seu último dia de guerra e de África onde se encontra numa situação de espera com o Sargento João, contando um ao outro as suas histórias de guerra e do mato.

Dados sobre o espectáculo:
Duração: (aprox.) 1h
Classificação: maiores de 12 anos
Bilheteira: 225 193 760 / 961 631 382 (Aberta em dias de Espectáculo, duas horas antes do mesmo)
Preçário: Bilhetes Ex-Combatentes: 5€; Bilhetes Normais:10€; Bilhetes Jovens (25 anos)/Estudantes/ Reformados e Profissionais do Espectáculo: 5€: Grupos com ou mais de 10 pessoas: 7,50€
Teatro Helena Sá e Costa, Rua da Escola Normal, 39 Porto.

Ficha Artística:
Texto original: Jaime Froufe  Andrade
Dramaturgia e Encenação: Pedro Estorninho
Música Original: José Mário Branco
Direcção de Produção: Inês Leite
Interpretação: José Topa, Paulinho Oliveira, Pedro Estorninho, Pedro Roquette;
Cenografia: Paulo Barrosa
Figurinos: Inês Mariana Moitas
Desenho de Luz e Som: Romeu Guimarães

Ficha Técnica:
Trailer e Registo Vídeo: Eduardo Morais
Registo Fotografia: Pedro Ferreira
Design Gráfico: Makeup Design / Augusto Pires
Documentário televisivo: TKNT (Co-Produção com o TEatroensaio)
--
TEatroensaio
Tlf: (00351) 222 083 835
Tlm: (00351) 918626345
http://teatroensaio-teatreia.blogspot.com/
http://teatroensaio.wix.com/teatroensaio
www.youtube.com/TEatroensaio.com

Apoios / Parcerias
IEFP,IP - CACE Cultural Porto / ESMAE - IPP/ TNSJ/ Moagem CERES S. A./ Deriva
Editores/ Vinhos do Porto Fonseca apoia a Cultura/Nouvelle Vague Photo

Porto Sentido, exposição


sexta-feira, abril 26, 2013

Em breve nas livrarias: Ao Encontro de Max Frisch, coordenação de Teresa Martins de Oliveira




O escritor suíço Max Frisch [1911- 1991] é, sem dúvida, um dos ícones da literatura de expressão alemã dos anos 50. A sua obra, que no período coincidente com a ascensão do nazismo e com a 2.ª Guerra Mundial se revela desligada de qualquer comprometimento político, concentra-se, a partir do final dos anos 40, na questão do papel que cabe ao ser humano, esmagado pela culpa e pelas pressões do poder.
Deriva/ILC Margarida Losa da FLUP

Teresa Martins de Oliveira (coordenação)
Ofelia Martí-Pena
Gonçalo Vilas-Boas
Teresa Martins de Oliveira
Alexandra Moreira da Silva
Maria Antónia Gaspar Teixeira
Ana Isabel Marques
Maria Alexandra Côrte-Real

domingo, abril 21, 2013

Alberto Carneiro em Serralves


E por falar em coerência e honestidade concetual no campo das artes, Serralves apresenta-nos um Alberto Carneiro que, não sendo novo, permite-nos ver que a sua proposta artística continua quase incólume 40 anos depois. Hoje a árvore, ontem as pedras e o campo. Gosto de o ver assim. Isto é também provocação, pensamento, inconformismo.

Only the stars to teach us light, Jorge Martins

Ontem, em Serralves, Jorge Martins numa exposição retrospetiva da sua obra. Num tempo em que a arte é, cada vez mais, mercadoria que se compra e vende ao desbarato é necessário um outro olhar para a coerência e honestidade.

sexta-feira, abril 19, 2013

A Moralidade da Profissão das Letras e outras Defesas da Literatura [5 ESTRELAS NA IPSÍLON ]



A Moralidade da Profissão das Letras e outras Defesas da Literatura
Robert Louis Stevenson
Deriva
Gustavo Rubin na IPSÍLON

"Nada que possa ser feito devagar deve ser feito à pressa." Eis a regra de escrita que resume toda a ideia de literatura defendida por Robert Louis Stevenson neste breve trio de ensaios publicado entre 1881 e 1888. É uma amostra, embora muito representativa, do trabalho ensaístico a que também se dedicou o autor de Ilha do Tesouro, de O Médico e o Monstro ou desse notável relato de viagens que é Nos Mares do Sul. Não sendo o único, o pequeno volume da colecção Pulsar passa no entanto a ser um dos raros com que podemos aceder em português ao pensamento literário de um grande escritor que nunca foi só o exímio narrador que toda a gente reconhece.O ensaio em título articula-se bem com os outros dois que completam o livrinho: a Carta a um jovem cavalheiro que se propõe enveredar pela carreira das artes e Uma nota sobre o realismo. A gravidade com que Stevenson coloca o problema da "moralidade da profissão das letras" mantém-se constante e ainda hoje é um magnífico antídoto contra certo cinismo envolvente. A ideia é inequívoca: por um lado, a literatura "é singularmente interessante para o artista", individualmente considerado; por outro lado, "num grau que lhe é peculiar entre as artes", a literatura "é útil à humanidade". E daí segue-se a consequência: "Estas são justificações suficientes para qualquer jovem, homem ou mulher, que a adopte como o ofício da sua vida."

Stevenson tem um entendimento amplo da profissão literária, não excluindo sequer o jornalismo, essa "universal reportagem" de Mallarmé que para o escritor escocês exemplifica o modo como "os deveres da literatura são negligenciados diariamente, a verdade diariamente pervertida e suprimida" - embora não deva nem tenha de ser assim. Nem seria sequer muito ousado ler este ensaio como reflexão sobre a autonomia da literatura na era do jornalismo, dando outra densidade à aproximação com Mallarmé, nada estranha porém, se pensarmos que Stevenson se descrevia a si mesmo como um "perfeito Gaulês". Flaubert, Voltaire (a que não achava graça nenhuma), Balzac, Dumas ou Musset são aliás referências a que recorre mais que uma vez ao longo dos ensaios.

De certa maneira, a Nota sobre o realismo é uma crítica da tradição do romance francês moderno, tomando como alvo contemporâneo o naturalismo de Zola mas entendendo-o restritamente como um tipo de realismo que "diz respeito a meras questões formais", isto é, aos "sucessos técnicos" em que se perderia a "força inquestionável do Sr. Zola". Em todo o caso, é em Walter Scott e no romance histórico que Stevenson vê a origem do realismo enquanto profusão do detalhe. É um problema muito diferente do daquilo a que chama "a verdade fundamental", preocupação que no ensaio sobre a moralidade da profissão era um dos dois deveres que incumbem a quem entra "no negócio da escrita: respeito pela verdade das coisas e um bom espírito no tratamento".

Resumido assim, soa a um manifesto moralista pelo bom senso literário mas o certo é que Stevenson nunca perde o humor com que encara (e desfaz) todas as pretensões ao equilíbrio entre intenções e obras. "Não há nenhum livro perfeito, sequer na intenção" é uma das afirmações menos vulgares que aqui se podem ler. E o respeito pela verdade das coisas é, sobretudo, o respeito pela noção de que na arte o assunto em si mesmo é secundário porque nela "é antes de tudo a atitude do autor que é narrada". O argumento (por exemplo, realista) que suprimisse esta consciência significaria "correr risco muito mais perigoso do que o de ser imoral: é ter a certeza de não ser verdadeiro". E é desta verdade fundamental em que o sujeito de escrita nunca está ausente que decorre o discurso trabalhista (digamos assim) que atravessa toda a "Carta a um jovem", ou seja, o discurso de um escritor para quem, por muito trabalho que a escrita dê e por muito árduo que ele de facto seja, "Na vida do artista não tem de haver hora desprovida de prazer."

Aconselhando devoção ao trabalho e confiança no tempo que acabará por trazer, mais tarde ou mais cedo, o gosto dessa devoção, Stevenson concentra a sua descarada publicidade da literatura como forma de vida no prazer de quem escreve. E a debilidade dos resultados atingidos por milhares de artistas e escritores não é contra-argumento válido para sugerir uma carreira alternativa: "O artista incapaz seria provavelmente um padeiro muito incompetente."

Bastante competente foi, não só Jorge Bastos da Silva, mas ainda o conjunto dos seus dez alunos do seminário de Tradução da Faculdade de Letras da Universidade do Porto que são co-responsáveis pelo texto deste opúsculo e cujo nome vem individualizado na nota introdutória. Trabalhos destes são a melhor resposta a quem duvida da utilidade social da profissão literária.

quinta-feira, abril 18, 2013

Cavaco e Rui Rio. O mesmo sorriso alvar


Não sei quem é Cavaco, ou Rui Rio. Reconheço-os como políticos siameses, envoltos num objetivo comum de poder pessoal, muito longe do que deveria ser o serviço público. Reconheço-os, pois, como pessoas mesquinhas, vingativas, pouco sérias. Li, algures (creio que numa biografia de Cavaco no Expresso), que em pleno verão quente de 75, Cavaco sentiu-se mal, quase desmaiando, numa aula em que estudantes pretendiam fazer uma RGA ruidosa. Tiveram de dar-lhe um copo de água para se restabelecer. Mas, afoito e espigadote, este mesmo rapaz, numa peça de teatro na escola de Boliqueime, salta para o palco, abre as pernas e de cu para a assistência, lá diz que tem ali o olho de Camões! Nunca mais esqueci esta biografia do que se tornou presidente de todos os portugueses uns anos depois. Deveria, ontem mesmo, na Colômbia, ter saltado para o palco e fazer o mesmo ao ter elogiado o poeta de quem gozou alarvemente em Boliqueime. Está-lhe no sangue e todos compreenderíamos o impulso... é este indivíduo o presidente que temos, aquele que se «esqueceu» de ter referido Saramago, provavelmente porque nunca o leu, ou compreenderia se o fizesse.
Já Rui Rio, no mesmo dia, entendeu acabar com a Feira do Livro do Porto. Nada a opor Sr. Rio. Nada a opor. Sabemos que ele nada em coerência e em resistência às coisas da cultura, mas pensávamos que era só à cultura subsidiada, não à do mercado livre, como o dos livros que se vendiam diretamente ao povo. Po-vo-li-vros. Coisa horrível de soletrar. Eis como 80 anos de mercado livre e cultura correm pelos nossos dedos como areia fina. 
Basta um Rio e um Cavaco para mostrarem os dentes. Ser de direita e gostar de livros? Uma equação quase impossível de resolução. Mesmo que admire muito algumas pessoas de direita (estou neste momento a pensar em algumas de que gosto verdadeiramente) e que gostam de livros, de teatro, de exposições ou artes plásticas, têm aqui muito para pensar. É que cada vez se torna mais difícil escolher cultura e representantes políticos que a vêem como inimiga declarada. Por vezes penso que a inquisição e o índex...

Filipa Leal, Isaque Ferreira e Pedro Lamares nas próximas Quintas de Leitura


Austeridade. Nuno Crato, gostas da foto?

Reconheço o Jornal de Notícias e o O Primeiro de Janeiro. O outro será o Correio do Norte? O punho no ar do ardina da esquerda (da esquerda!) reflete a disposição política de quem alimenta a revolta, enquanto o ardina da direita lhe aponta um punho fechado vingativo, de quem não esquece eventuais ofensas. O riso aberto do meio lembra-nos o «pobrete, mas alegrete» do bom povo português apontando os extremos políticos como um mal necessário, uma excrescência liberal que só uma má educação e uma austeridade, custe o que custar, pode salvar. Nuno Crato, gostas da foto?

terça-feira, abril 16, 2013

Ricardo Gil Soeiro, Michel Pialoux, Teresa Martins de Oliveira e José Ricardo Nunes. As próximas novidades da Deriva

Paul Gorka
A iniciar-se o trabalho de edição de As Crónicas Peugeot de Michel Pialoux, na coleção A Ordem das Coisas, Ao Encontro de Max Frish, de Teresa Martins de Oliveira, na coleção Cassiopeia, Compositores do Período Barroco, de José Ricardo Nunes e Bartlebys Reunidos de Ricardo Gil Soeiro.

Que se lixe a troika. A cores

O grande outdoor da Deriva, agora a cores, para a apresentação de Que se Lixe a Troika, na Contagiarte, no Porto.

sábado, abril 13, 2013

Fotos da sessão na Contagiarte de Que se lixe a Troika!

Tatiana Moutinho, João Camargo, cá o editor e Manuel Loff

Uma vista geral das pessoas que se deslocaram à Contagiarte ontem à tarde

terça-feira, abril 09, 2013

Aurelino Costa, no Pinguim Café. Segunda, dia 15/04, às 22:30

Fotografia de Carlos Silva

O Pinguim Café é um lugar emblemático para quem gosta de ouvir poesia declamada aqui no Porto. É na Rua do Belomonte, nº 65 e, às segundas feiras, pela mão de Rui Spranger, têm passado muitos poetas. Da Deriva, contam-se a Filipa Leal e Joaquim Castro Caldas em noites memoráveis. Na próxima segunda, dia 15 de abril, será a vez de Aurelino Costa. Ou muito desconfiamos, ou Aurelino estará com o seus e como peixe na água, relativamente à poesia dita, falada. A ver vamos, convosco...a partir das 22:30.

segunda-feira, abril 08, 2013

Contagiarte, 12/04, 18:30. João Camargo, Tatiana Moutinho e Manuel Loff. Que se lixe a troika!

Dia 12 de abril, pelas 18:30, na Contagiarte, aqui no Porto, João Camargo, Tatiana Moutinho e Manuel Loff falam de Que se lixe a troika!, editado pela Deriva no mês de março, após a manifestação de dia 2. Boaventura de Sousa Santos assina o prefácio ao livro de João Camargo.

sábado, abril 06, 2013

Que se lixe a troika! em destaque na Nova Almedina do ArrabidaShopping

Nessa mesma hora, na Nova Almedina do Arrabida Shopping, decorria uma apresentação engravatada sobre a regulação dos mercados onde pontificavam alguns dos figurões da nossa praça que estão na base do resgate e da negociação com a troika. Foi bom ver, mesmo ao lado e em destaque numa prateleira da livraria, o livro de João Camargo.

Filipa Leal, igual a si própria no Bairro Alto da RTP2

Filipa Leal foi igual a si própria na conversa mantida com José Fialho Gouveia no Bairro Alto, da RTP2. Falou da poesia, de si, da sua família e da sociedade. Foi humana, sem ceder à realidade, sem lhe dar descanso. Assim se faz a poesia.

terça-feira, abril 02, 2013

João Camargo, com Tatiana Moutinho e Manuel Loff no Contagiarte a 12 de abril, pelas 18:30



É na Contagiarte, no dia 12 de abril, pelas 18:30, que João Camargo estará no Porto para apresentar o seu livro Que se Lixe a Troika!, que tem prefácio de Boaventura de Sousa Santos. A investigadora e ativista social Tatiana Moutinho e o historiador Manuel Loff estarão presentes nesta ação.
A morada da Contagiarte é a seguinte: Rua Álvares Cabral 372,  4050 Porto e o telefone é o 222 000 682. Haverá novidades para quem for, quer no consumo do bar, quer na peça de teatro. Daremos novidades entretanto.

segunda-feira, abril 01, 2013

Dia 6 de abril, Filipa Leal numa longa entrevista no Bairro Alto/RTP2


O BAIRRO ALTO está de regresso à antena da RTP2. No dia 6 de abril, passará neste programa uma longa conversa entre Filipa Leal e José Fialho Gouveia.

«Num novo dia de emissão, agora aos sábados às 21h00, José Fialho vai estar em estúdio para mais “noitadas de conversas”.

O programa BAIRRO ALTO é uma espaço de conversa com figuras que têm algo para dizer sobre si e sobre o que fazem. José Fialho Gouveia entrevista artistas, ensaístas, cientistas, gente da moda e do espetáculo, gente do pensamento e da ação, portugueses e estrangeiros. O tom é próximo, informal. E as perguntas pedem mais que as habituais respostas politicamente corretas. BAIRRO ALTO é um face a face com ritmo e sem mesa.» (Do site da RTP)

Que se Lixe a Troika! nos espaços livreiros

Ao que nos dizem, já se encontra nos espaços livreiros o livro de João Camargo, Que se Lixe a Troika! Imprescindível para compreender melhor o que levou à crise atual e entender os meios e estratagemas que o capitalismo financeiro usou para condenar os países a tornarem-se devedores e incumpridores perpétuos. Um glossário em forma de expressão política extremamente clarificador e, por isso mesmo, mobilizador. Com prefácio de Boaventura de Sousa Santos.

Jean-Claude Pinson na Deriva

No dia de anos de Jean-Claude Pinson, relembramos os seus livros editados pelo ILC/Deriva: Hobby e Dandy, Da Arte na sua Relação com a Sociedade e Para Que Serve a Poesia Hoje?
Encontram-se nas melhores livrarias.