«Por isso, todo o discurso educativo me parece uma conversa fiada atravessada por falhas. Falhas na realidade, falhas no sentido, falhas na nascente globalidade humana.
Desde a nossa implantação na Rua de Namur produzimos uma enorme variedade de textos que atravessaram, agindo ou não agindo, a opacidade do nosso caminho. Davam-nos como que uma estrutura falante a juntar ao modo de viver que, às vezes, concluíam. Princípio era a nossa grande feira quotidiana com as crianças porque só ainda ligeiramente suspeitávamos que, no campo do vazio conhecimento, nada de definitivo acontece.»
De O Livro das Comunidades, Maria Gabriela Llansol, Relógio d'Água, 1999
Ler um livro assim, liberta. Dá-nos novas perspectivas de vida refeitas na construção das coisas comuns, na aprendizagem livre, na procura das personagens que povoam todos os nossos livros e desenham as palavras que lemos e escrevemos.