Este texto surge de uma notícia de jornal. Notícia que podia ser de um século qualquer anterior ao XIX. Mas não, aconteceu em 2005.Um grupo de homens foi escravizado por um agricultor a norte de Espanha, entre esses homens encontravam-se dois portugueses. Quando foram descobertos e soltos pela polícia local, um desses portugueses, António, devido aos maus tratos físicos e psicológicos só conseguia reter na memória o seu nome e nada mais. Nem sequer a sua nacionalidade sabia.Esta peça trata exactamente sobre o tempo de cativeiro desses dois homens. Mas aqui a dor é mais intensa, eles lembram-se de vários acontecimentos passados nas suas vidas, somente não se lembram dos nomes. Tudo são memórias dentro de um espaço psicológico confuso e que por vezes se perde e os faz perder.Uma das maiores e mais interessantes frases escritas por Lord Edmund Halley aplica-se perfeitamente a este espectáculo: “ Como as estrelas na noite também os nossos perdidos pensamentos furam a escuridão que envolve o espaço vazio até ao cérebro.”Pedro Estorninho
Ficha Artística:
Texto e Encenação Pedro Estorninho
Assistência de Encenação Inês Leite
Interpretação André Brito e António Parra
Desenho e operação de luz Romeu Guimarães
Execução:
Cenografia Hugo Ribeiro
Produção Catarina Mesquita
Design gráfico Pedro Ferreira
informações e bilheteira: 918626345 ou 937017575
teatroensaio@gmail.com