A pirataria vai atracar no Porto (não, não estamos a falar do BPN e outros negócios igualmente lucrativos) durante perto de duas horas ali para a Rua do Rosário, que é sempre uma boa toponímia para o tema.
As Utopias Piratas de Peter Lamborn Wilson vão ser assunto de conversa pela noite dentro com uma bebida a condizer (uma cuba libre ou um rum forte vinha a calhar!) e se possível com o espírito tão aberto que possibilite a deriva para as «novas» piratarias dos dias de hoje.
A República de Salé, no século XVII, foi uma república livre como a tão livre Veneza. Os negócios de rapina de uma e de outra encontrar-se-iam amiúde pelos tempos fora. As diferenças, sendo muitas, foram-no igualmente na morte. Uma deixou o capitalismo a fermentar no mundo, a outra, a de Salé, deixou-nos sem nenhum registo ou menção escrita. No entanto, ainda hoje nos sentimos impreterivelmente atraídos por esta República pirata de Salé. Assim como múltiplos renegados voluntários que nunca chegaram a regressar...
Barba Negra e Utopias Piratas