A revista nº 22 da Relâmpago é, toda ela, dedicada a Eduardo Lourenço, ensaísta a que também dá atenção Pedro Eiras num artigo, nesta mesma revista, titulado de «Portas de Lisboacopenhaga - notas sobre uma página de Eduardo Lourenço».
Mas é no plano da crítica de livros deste número que Gustavo Rubim se debruça sobre Jovens Ensaístas Lêem Jovens Poetas, livro que, como estamos recordados, foi coordenado por Pedro Eiras e surgiu como fruto de um Encontro com o mesmo nome que teve lugar na Biblioteca Florbela Espanca ,em Matosinhos, a 11 de Outubro de 2007.
À página 244 da Relâmpago, Gustavo Rubim, sobre este trabalho, diz:
À página 244 da Relâmpago, Gustavo Rubim, sobre este trabalho, diz:
«Para aqueles que andam vaticinando o fim apocalíptico das humanidades (e, em especial, dos estudos literários), este livro não traz boas notícias. O que aqui se lê pode não chegar para anunciar o advento de algum super-Eduardo Lourenço, mas mostra que a prática da leitura crítica, interpretativa, ensaística, dá em Portugal sinais de gozar um período de boa saúde. Claro que, para quem anda vaticinando o fim apocalíptico (do que quer que seja), a saúde é apenas um estado precário que, bem vistas as coisas, não augura nada de bom, como alguém luminosamente explicou - e, nesse sentido, afinal, nem este livro nem qualquer outro alguma vez trarão boas notícias...»
e mais à frente:
«... A boa qualidade geral dessa pesquisa é o primeiro traço a registar, sem qualquer reserva, como mais-valia do livro, aliás extensível às colaborações não associadas à FLUP. Esta avaliação ressalva, evidentemente, que há ensaios menos interessantes (e até desinteressantes), mas nenhuma necessidade de particularizar aqui: afinal, a juventude dos respectivos autores justifica que esperemos com confiança produções mais amadurecidas. (...)»
E continua por mais duas densas páginas que não iremos, evidentemente, repor aqui. Para já, um conselho: vale a pena a sua compra.