A última Revista Ler, nº 73, debruça-se sobre os 10 anos da morte de José Cardoso Pires. Deve ler-se. Até porque a sua qualidade melhorou a olhos vistos, deva-se ou não à responsabilidade de Francisco José Viegas e à equipa que a compõe.
Rui Bebiano escreve assim, num pequeno extracto que publicamos sobre O Espírito Nómada de Kenneth White, um livro editado este ano pela Deriva:
«White prefere associar a erudição à forma de errância qua alarga a leitura do mundo e, através de «universos de substituição», liberta o humano do «universo concentracionários das civilizações». Neste livro, escrito há duas décadas, enunciam-se alguns dos caminhos que essa escolha poderá abrir. Atravessando múltiplos saberes, o autor procura conduzir o leitor até esse território radical, que chama de geopoética dentro do qual pretende unir a presença no mundo a uma estética que seja poderosa, comevedora e bela. Se o prestígio do «nomadismo intelectual» se afirmou pelo menos desde os românticos, Kenneth White é dos primeiros a conferir-lhe uma base teórica. (...)». Os livros que acompanham esta obra, são Istambul de Orhan Pamuk, Fantasmas de Espanha de Giles Tremlett, Diário da Batalha de Praga. Socialismo e Humanismo de Flausino Torres e O Um Dividiu-se em Dois de Pacheco Pereira.