O escritório onde trabalho, onde leio naquele sofá ao fundo, a minha escrivaninha que me acompanha desde miúdo e que não sei como sobreviveu às inúmeras mudanças da vida, onde ouço o meu jazz, a minha música clássica ou o Bowie e Springsteen quando me dá na gana. Os livros estão também comigo, são a minha companhia, se não for demasiado piegas dizê-lo aqui. Os meus desenhos igualmente em gavetas e armários, quase escondidos como alguns desenhos expostos e que ninguém os quis. O desenho foi fruto igualmente do mesmo curso online em que um professor sueco (isto não é para todos!), Mathias Adolfsson de seu nome e que nunca se ri, me ensinou e encomendou este trabalho sobre o ponto de fuga. Avaliou-o em «muito agradável e com ótima profundidade». Não era isso o que se queria com um ponto de fuga? Que ela, a fuga, fosse agradável e profunda?