sexta-feira, maio 03, 2013

Stevenson: Da moralidade da profissão das letras

«Ora a Natureza, seguida fielmente, mostra ser uma mãe cuidadosa. Um rapaz, por gostar da música das palavras, resolve dedicar-se às Letras por toda a vida; a pouco e pouco, quando aprende maior gravidade, descobre que fez melhor escolha do que pensara; que, se ganha pouco, ganha-o amplamente; que, se recebe um salário pequeno, está em posição de prestar serviços consideráveis; que está em seu poder, em certa medida, proteger os oprimidos e defender a verdade. Está o mundo tão bem ordenado, tão grande proveito pode surgir de um pequeno grau de autoconfiança humana, e é tal, de modo particular, a boa estrela deste ofício da escrita, que deve combinar prazer e proveito para ambas as partes, e ser a um tempo agradável, como tocar rabeca, e útil, como uma boa prédica. (...)»
Pags. 18 e 19. Tradução de Jorge Bastos da Silva