de Harry Mulisch, com encenação de Pedro Estorninho.
Harry Mulisch (Foto: Anton Corbijn)
Na história de Mulisch, que pretendemos apresentar em forma de peça teatral, a trama da narrativa espelha os acontecimentos que tiveram lugar em 1987, na Holanda.
Aquando da produção da peça de Fassbinder, Der Müll, die Stadt und der Tod (O lixo, a cidade e a morte) surgiram enormes protestos por esta ser entendida como anti-semita, o que veio a tornar-se um enorme escândalo no mundo do teatro holandês da época. Um actor, Jules Croiset, que protestara contra a encenação da peça, afirmou ter recebido cartas ameaçadoras por causa desta, e acabaria por ser aparentemente raptado, só para ser encontrado no dia seguinte. Na verdade, e como se veio a saber depois, Croiset escreveu ele próprio a carta com ameaças e encenou o seu próprio rapto.
Neste texto teatral Croiset é Herbert a personagem princincipal que chora a morte da mulher. O teatro, a carta e a verdade é um episódio perturbadoramente fascinante, apresentado de forma completamente original. A peça explora as possibilidades do teatro, do fingimento e a fusão/afastamento do actor em relação à vida real. É uma constante interrogação sobre se o que estamos a ver realmente está a acontecer ou se é farsa. Quem é quem? Quem está vivo? Quem está morto? Quem é ele? Herbert ou o actor? Um Teatro? Onde acabará a Literatura e começará o Teatro?
Meta-Teatro no seu estado mais puro.
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