A arte há de sobreviver às suas ruínas
SINOPSE (...) a autodestruição foi sempre a finalidade mais
íntima, a mais sublime da arte, cuja vaidade se torna desde logo percetível.
Pois, qualquer que seja a força do ataque, e mesmo que tivesse chegado ao
limite, a arte há de sobreviver às suas ruínas.
Lição inaugural proferida
na quinta-feira 2 de dezembro de 2010
pelo Prof. Anselm Kiefer
“O Colégio de França convidou um artista plástico na
esperança, presumo, de que vos fale de arte, vos informe acerca do que é a
arte, demonstre a sua origem. Dir-vos-ei que não há definição da arte. Toda a
tentativa de definição se desfaz no limiar do seu enunciado, tal como a arte,
que não deixa de oscilar entre a sua perda e o seu renascimento. Nunca está
onde contamos com ela, onde se espera apreendê-la e, referindo-me ao Evangelho
segundo São João (capítulo 7), direi: “Onde estiver, não o podemos alcançar”.”
Anselm Kiefer (nascido em 8 de março de 1945, em
Donaueschingen) é um pintor e escultor alemão.
Durante os anos 70, estudou com Joseph Beuys. Os seus trabalhos
utilizam materiais como palha, cinza, argila, chumbo e selador para madeira. Os
poemas de Paul Celan tiveram muito importância no desenvolvimento de temas para
os trabalhos de Kiefer sobre a história alemã e o horror do Holocausto, assim
como os conceitos teológicos da cabala.
Temas relacionados ao nazismo são particularmente vistos no
seu trabalho; por exemplo, a obra "Margarethe" (óleo e palha sobre
tela) foi inspirada pelo famoso poema "Todesfuge" ("Fuga da
morte"), de Paul Celan.
Os seus trabalhos são caracterizados por um estilo maçante,
quase depressivo e destrutivo, e muitas vezes feitos em grandes formatos. Na
maioria deles, o uso da fotografia como suporte prevalece, e terra e outros
materiais da natureza são geralmente incorporados. Também é característico o
uso de escritos, personagens lendários ou lugares históricos em quase todas as
suas pinturas. Tudo é codificado através daquilo que busca Kiefer para
representar o passado; algo que geralmente está relacionado com um estilo
chamado "Novo Simbolismo".
PEDIDOS A: infoderivaeditores@gmail.com COM INDICAÇÃO DE
NOME E MORADA.
Título A arte há de sobreviver às suas ruínas
Autor Anselm Kiefer
TRADUÇÃO José Domingues de Almeida
ISBN
978-989-8701-10-7
REFERÊNCIA 150910
FORMATO 10 x 18 cm
Nº PAG. 40
1ª EDIÇÃO julho 2015
PVP 8,00 euros