Não posso dizer que foi um concerto memorável o de Archie Shepp, na Casa da Música a 5 de Outubro, até porque provavelmente tocava com os Dar Gwana de Tanger. Mas a emoção é-me inseparável deste nome. Ouvi-o numa festa do Avante longínqua e não sei se estava em estado de lhe beber o som do saxofone (ou do clarinete) num festival Jazz de Cascais qualquer. Mas que me senti estranhamente emocionado quando interpretou o Mama Rose de uma maneira que nunca lhe tinha ouvido antes, isso senti. E só o jazz me consegue fazer isto. Não conheço outro tipo de música que tenha esta intensidade, ruptura e congregação de sentidos. Grande Archie Shepp. Rev, rev, revolution!
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