terça-feira, janeiro 22, 2013

Um dia, esta civilização cai




John Zerzan nasceu em 1943, em Oregon, EUA, e é licenciado em Ciências Políticas pela Stanford University e em História pela San Francisco State University. Preso em 1966, nos EUA, pela sua participação nos movimentos de desobediência civil e contra a guerra do Vietnam, conhecidos pelos tumultos de Berckeley. Abandonou, mais tarde, uma carreira universitária na University of Southern California. Hoje, dedica-se à educação de crianças e à jardinagem. Promove, ainda, conferências sobre o Primitivismo e Paleo-Anarquismo em todo o mundo. Destaca-se como escritor e filósofo do chamado Primitivismo com a edição de Elements of Refusal (Left Bank Books, Seattle, 1988) e deFuture Primitive (Autonomedia, New York, 1994) livro agora traduzido para português pela Deriva e que lhe deu projecção internacional ao serem traduzidas versões para várias línguas. Questioning Technology (Freedom Press, Londres, 1988), The Mass Psychology of Misery, Tonality and the Totality, The Catastrophe of Postmodernism e The Nihilist's Dictionary contam-se entre as suas obras mais recentes. Em 2002, edita Against Civilization: Readings and Reflections, em Los Angeles.


Futuro Primitivo é a obra de John Zerzan traduzida pela Deriva

Futuro Primitivo é a obra de John Zerzan traduzida pela Deriva
As ideias de John Zerzan situam-se na crítica à tecnologia e à cultura simbólica como origem da degenerescência da Humanidade que a iniciou com o advento da agricultura e da domesticação de toda a vida humana e da natureza. Rejeita, portanto, a divisão social e sexual do trabalho e o patriarcado, assim como a separação entre a Natureza e a Cultura. Singular, na visão de Zerzan, é a síntese de várias correntes filosóficas que elabora na crítica à sociedade moderna e pós-moderna como suportes que fazem parte de um mundo que se encontra moribundo. As fontes teóricas do Primitivismo a que Zerzan dá voz vão desde Adorno, aos situacionistas, à antropologia, ao luddismo, à ecologia e ao feminismo, assim como às correntes igualitárias e anti-autoritárias americanas e europeias. O Futuro Primitivo é, para nós, a obra mais marcante de John Zerzan. Para além de reflectir uma revisitação teórica da Pré-História, ataca violentamente as ideias preconcebidas da antroplogia oficial e dá-nos a possibilidade de encontrar uma ténue saída para a catástrofe iminente.