segunda-feira, janeiro 13, 2014

Diálogo construído numa grande superfície à sua beira ou de como não se compra Suicidas

- Boa tarde. Tem Suicidas, de Henrique Manuel Bento Fialho?
- Um momento. Vou ver aqui no computador. Hmmm...hmmm....
- Sim?
- Temos. Está aqui registado Suicidas, sim senhor! Só há um.
- Ok. Obrigado. Onde? Não o vejo na estante da poesia, nem na dos autores portugueses.
- Só há um, mas no Algarve!
- Desculpe? (admiração e espanto)
- O que temos aqui registado é que só temos um exemplar, mas numa livraria do Algarve. (mostra enfado)
- Mas estamos no Porto, carago! (alguma irritação)
- Posso pedir (revira os olhos em círculo) para lá. Leva 5 a 8 dias! (olha para longe, sem fitar ninguém em particular)
- Ao menos em Lisboa. Não há lá nenhum. Pelas contas demoraria 2 a 3 dias! (produz-se um sorriso amarelo)
- É o que temos. (como quem está a falar com um atrasadão)