segunda-feira, abril 09, 2007

Notas renováveis

Claude Lacroix

Paulo da Costa Domingos no seu já muito citado blog da frenesi e sobre a extrema-direita portuga pede desculpa aos mais novos pela não erradicação total de gente que teima em pôr-se em bicos de pés num país de dirigentes medíocres, ignorantes e cada vez mais boçais (por acaso, parecidos com eles, os originais). Mas PCD foi brilhante ao socorrer-se de Ésquilo e de uma frase de Prometeu Agrilhoado: «não constitui vexame pelo inimigo ser tratado da maneira como se tratam, sempre, os inimigos». Os clássicos ainda nos dão muitas lições. Para bom entendedor...


Zé O, da Mareantes Editora, editou o Ódio à Democracia de Jacques Rancière. E é este autor que vem a Serralves , aqui no Porto, já no dia 12 de Abril, no ciclo de política organizado por António Guerreiro. Às 21:30, no auditório e a entrada são 5 euritos. Vale a pena ir e é bom verificar que um museu como Serralves não delimita e separa a política da arte que o mesmo é dizer, bem-vindos à arte total.


Soube, pelo blog Sismógrafo (importante a sua consulta) de Diogo M.D., que a filmografia de Guy Débord vai estar disponível na Culturgest entre 13 e 14 de Abril. Para além dos filmes do autor d’ A Sociedade do Espectáculo e membro da Internacional Situacionista, será ainda exibido no sábado o filme letrista L’Anti-concept de Gil J. Wolman, de 1952. O programa completo e um texto sobre a obra de Guy Debord podem ser consultados no site da Culturgest. O que nos deixa tramados é o facto desta filmografia essencial para os que cultivam o espírito da recusa e da insubmissão não viaje até ao Porto. Ou a culturgest já pensou nisso e não nos diz nada?

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