Cavalo de Ferro, 2019. Tradução de Maria João Freire de Andrade
Se a morte é um acto solitário, neste livro ela é acompanhada por uma multidão de cadáveres. Um autor que escreveu os interessantíssimos «Fahreneit 451» e «Crónicas Marcianas», vê-se agora enredado numa escrita pouco escorreita, num ambiente sufocante de uma Venice em decadência, num policial pouco conseguido. Talvez, até, presunçoso pela quantidade de referências a escritores, realizadores e actores e actrizes que calcorrearam os plateaux cinematográficos. O mistério que envolve esta história é saber quando ou se encontramos o seu fim, mais se assemelhando a um guião de um filme de Hollywood, tudo a bem de construir algo de verossimilhante e com interesse para o leitor. Recomendo-o pouco, mesmo aos que gostam da modalidade.
alc
