segunda-feira, setembro 29, 2025

«A Vingança», John Grisham

 

Eis mais um período de nojo em que mergulho nos policiais. Neste, a vingança, passa-se nos finais de 40, após a II Guerra Mundial, com pelo menos metade das 400 páginas a descrever os horrores da Marcha da Morte nas Filipinas, cujas vítimas eram soldados americanos nas mãos dos terríveis japoneses. Não pretendendo brincar com isto, esta longa descrição de Grisham nada tinha a ver com a trama policial em si, a não ser ter sido dado como morto o que eventualmente servirá para apimentar a estória: um herói de guerra de uma pequena vila do estado segregacionista do Mississipi, um rico proprietário de algodão, mata um pastor evangélico que pensa estar enrolado com a mulher enquanto ele passava tempos terríveis num campo de prisioneiros japonês e na guerrilha da selva, tudo por culpa do incompetente e narcisista MacArthur. Chegou aos EUA e deu um tiro no tipo errado. Não era ele o culpado, mas sim um empregado negro que entretanto fugiu para o norte, zona libertada, segundo ele. Segundo nós, nem tanto assim, mas... Conclusão: é condenado à cadeira eléctrica, sendo branco e rico, contudo, não o salvam porque teimosamente não disse o motivo e estava-se em período de eleições e o governador precisava de votos (é sempre assim); perde a casa e os hectares com a brutal indemnização à família do pastor e os filhos do falecido que remédio têm senão estudar em busca de mérito. Pasmaceira de livro...